“Estamos priorizando cursos de gestão, comércio, tecnologia, saúde e turismo”, Richardson Schmittel, diretor-geral do Senac Espírito Santo
Por Kikina Sessa
O Senac Espírito Santo está com o maior investimento de sua história. São R$ 230 milhões a serem investidos até 2030. Esse volume de investimentos está relacionado a um planejamento de longo prazo baseado em algumas premissas estratégicas do Senac para o Estado.
“Queremos aumentar a capilaridade, estando próximo da população que precisamos atender. Incrementar a produção, ou seja, ter uma carga horária maior e um número de alunos também maior. E promover integração, nos aproximando de outras instituições ou de parceiros que possam promover a empregabilidade dos nossos alunos”, conta Richardson Schmittel, diretor-geral do Senac Espírito Santo, em entrevista ao portal Es Brasil.
A entidade vai investir em novas unidades físicas e na modernização das unidades existentes, com elaboração de novos produtos educacionais. Há previsão de obra em Aracruz, Cariacica e em uma segunda unidade na Serra. Em Guarapari, no Hotel Radium, haverá uma escola em parceria com o governo do Estado. Guaçuí, Nova Venécia e Baixo Guandu também vão receber unidade do Senac.
“O desafio da formação de mão de obra está sendo encarado como estratégia de inovação social. Queremos chegar às pessoas que nunca tiveram emprego, que estão à margem da formalidade. O Senac vê nesse público uma mão de obra valiosa. O Senac está trabalhando com esse conceito de inovação social para acessar essa camada.”
Dentro da estratégia de reposicionamento do Senac, foram definidos como cursos prioritários os que geram emprego formal, com carteira assinada. “Estamos saindo um pouco do empreendedorismo ou do faça você mesmo. Estamos priorizando cursos de gestão, comércio, tecnologia, saúde e turismo. Hoje, se olharmos o portfólio do Senac Espírito Santo os cursos que mais têm matrículas são esses. Diferente do que a maioria associa ao Senac, que são os de beleza, estética e gastronomia”.
O turismo ganhou destaque, disse o diretor-geral. “Sabemos que a reforma tributária vai levar o Estado a uma nova matriz econômica, com a extinção dos benefícios fiscais. Precisamos incentivar o consumo, o comércio no Estado e a melhor forma é trazer consumidores e o turismo então passa a ser uma alavanca do crescimento econômico do Espírito Santo”.
O diretor-geral do Senac fala ainda sobre os 45 anos do Hotel Senac Ilha do Boi, uma referência no Estado, e sobre a Casa Senac, prevista para ser inaugurada em 2025, mas com abertura em setembro deste ano para visitação, antes das obras.
“Vamos fazer no local uma conexão do passado com o futuro. Por fora será preservada e, por dentro, será moderna e vamos contar um pouco a evolução de profissões, com experiências imersivas.”
Confira a entrevista completa.
