Os chamados “remineralizadores de solos”, além de disponibilizarem novos micronutrientes, aumentam a eficiência de uso de vários outros
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) e Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Espírito Santo (Sindirochas) assinaram protocolo de intenções para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias que permitem o aproveitamento de resíduos de rochas ornamentais na agropecuária.
A assinatura do protocolo tem por objetivo estabelecer uma maior interação das entidades envolvidas, levando as pesquisas para o campo da efetiva utilização para o manejo da fertilidade do solo pela recomposição de minerais e aumento da eficiência no uso de nutrientes pelas plantas.
O Brasil é o quarto maior produtor mundial de pedras naturais. O Espírito Santo conta com o maior arranjo produtivo do setor e é destaque não apenas no tipo de materiais, mas em toda cadeia produtiva que atua na transformação do produto. A Embrapa atua em pesquisas com rochas moídas in natura, chamadas “pó de rocha”.
“Queremos que a ciência esteja disponível com os seus recursos para trabalhar em benefício do setor que certamente trará vantagens significativas para a agropecuária”, disse o presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa durante a assinatura do documento, na abertura da Vitoria Stone Fair, em fevereiro.
Barbosa ainda ressaltou que o uso de matérias primas hoje descartadas permite aumentar a oferta de alternativas para reduzir os custos de produção. Segundo ele, a Embrapa tem todo interesse em compartilhar conhecimento e somar esforços com as entidades estaduais e o Incaper.
Potencial de uso
Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados (Planaltina – DF), Eder Martins, os chamados remineralizadores de solos, além de disponibilizarem novos micronutrientes, aumentam a eficiência de uso de vários outros.
Como parte do acordo de cooperação, Findes e Sindirochas vão disponibilizar informações e dados técnicos para a pesquisa da Embrapa e acompanhar o desenvolvimento do trabalho para fornecer todo o suporte possível. Uma nova agenda está marcada para março, no Espírito Santo. Existem hoje, no Brasil, oito polos de produção de rochas ornamentais: Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e Ceará.
Para março, já existe uma nova agenda de trabalho, em solo capixaba, para dar andamento dos trabalhos.
*Da redação com informações da Findes
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