Para o Ibef, prévia da inflação deveria ficar mais próximo de 0,27% no mês.
Por Gustavo Costa
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) e alta de 0,40% no mês e contrariou o mercado. No ano, o resultado do IPCA-15 foi de 4,72%.
A prévia da inflação já havia subido 0,33% em novembro, e após mais um mês crescendo mostra principalmente o impacto dos Transportes no resultado final. Entre as nove categorias avaliadas, o Transporte teve alta de 0,77% e impacto de 0,16 p.p. no índice geral, volume que pode ser explicado pelas passagens aéreas, que subiram 9,02% e exerceram o maior impacto individual no mês (0,09 p.p.). Apenas neste ano, o subitem registrou alta de 48,11%.
A seguir, as categorias Alimentação e bebidas (0,54%) e Habitação (0,48%) também explicam a alta do todo. A primeira foi influenciada principalmente pelos subitens cebola (10,63%) e batata-inglesa (10,32%). Já a segunda teve como vilã foi a energia elétrica residencial (0,82%).
Para o conselheiro do Comitê de Finanças do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-ES), Marcel Lima, embora a prévia do mês possa ser considerada acima do esperado, quando se analisa 2023 inteiro há mais equilíbrio. “A prévia da inflação de dezembro ficou acima do consenso de mercado, que esperava algo em torno de 0,27%. Ainda vamos precisar aguardar o fechamento do mês para quantificarmos a inflação em 2023, mas com base na prévia, estamos vendo um resultado ruim para o final do ano. Apesar disso, a alta dos preços permanece abaixo do teto da meta até o momento, estipulado em 4,75% para 2023”, alertou.
