Índice é considerado a “inflação oficial” do país, e é usado como base nas metas do governo.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (10) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro. O índice subiu 0,79% no último mês de 2012, ficando acima da taxa de novembro (0,60%) em 0,19 ponto percentual. É o maior IPCA mensal desde março de 2011, quando atingiu a mesma taxa de 0,79%, e o maior índice dos meses de dezembro desde 2004, quando a taxa foi de 0,86%.
Com isto, o ano de 2012 fechou em 5,84%, abaixo dos 6,50% relativos ao ano anterior. Em dezembro de 2011 a taxa havia ficado em 0,50%. Dos grupos pesquisados para o cálculo do índice, o mais elevado foi o das despesas pessoais, que atingiu 10,17%, enquanto o mais baixo foi o grupo dos transportes, com 0,48%.
Alimentação e bebidas sobem 9,86% em 2012
O grupo alimentação e bebidas, que detém a maior parcela do orçamento das famílias (23,93%) subiu 9,86%, mais do que os 7,18% do ano anterior em 2,68 ponto percentual. Dono de 2,27 pontos percentuais do índice o grupo foi responsável por 39% da taxa.
Foi forte a pressão dos alimentos consumidos fora do domicílio, cujos preços se elevaram em 9,51% em 2012, seguindo a alta de 10,49% de 2011, embora menos intensa. O item refeição fora, que aumentou 8,59%, exerceu o segundo principal impacto individual no IPCA do ano, com 0,41 ponto percentual, embora todos os itens relativos à alimentação fora tenham aumentado.
Já os alimentos consumidos no domicílio ficaram 10,04% mais caros em decorrência, principalmente, de problemas climáticos e subiram bem mais do que os 5,43% de 2011. O açúcar cristal (-8,74%) e o refinado (-3,22%) e as carnes (-0,67%) se destacam entre os produtos que ficaram mais baratos em 2012.