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sábado, 27 abril, 2024

Pesquisa sugere que cães são mais inteligentes que pensávamos

Artigo publicado na revista Current Biology revela que cães entendem significado de objetos de forma similar aos humanos

Uma pesquisa conduzida por cientistas de uma universidade da Hungria indicou que cachorros conseguem entender o significado de alguns objetos, desde que eles se importem com aquilo, em uma resposta similar ao de seres humanos. Esse foi o primeiro estudo que avaliou a capacidade neural de animais não humanos em identificar objetos.

Em seres humanos, palavras ativam memórias que são as chamadas representações de determinado objeto. A pesquisa mostra que os cachorros também contam com uma representação mental ao escutar o nome de algo com o qual estão habituados.

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De acordo com o artigo publicado na revista Current Biology, a habilidade dos cachorros não pode ser generalizada para todos os animais. Mas indica, talvez, uma capacidade maior entre os mamíferos, que pode ser desenvolvida a partir do contato com o sistema de comunicação semântico, ou seja, de sentido das palavras. Do ponto de vista evolucionário, essa habilidade pode ter surgido entre os cães durante a seleção para cooperação com os humanos.

O experimento

Os pesquisadores reuniram 27 cachorros. Os tutores, por sua vez, selecionaram cinco objetos, em geral brinquedos, com os quais os animais estavam habituados. Durante o teste, um áudio gravado dizia o nome de um objeto e, em seguida, o tutor mostrava um item que correspondia ao da frase e outro que não correspondia. Por exemplo, o humano poderia dizer “olhe a bola” e, em seguida, mostrar um disco. Os pesquisadores aplicaram nos cães a técnica de eletroencefalografia (EEG) não-invasivo.

A ideia era que, se os animais percebessem o significado dos objetos, eles ativariam uma representação mental do objeto. Por isso, a resposta cerebral do cão refletiria uma representação mental diferente do objeto apresentado pelo tutor.

Ao monitorar as atividades cerebrais, os pesquisadores descobriram que quando o objeto e a palavra correspondiam havia um padrão de atividade diferente de quando havia correspondência O mesmo ocorria em testes semelhantes feito com seres humanos. Para os cães, a diferença entre objetos correspondentes e não correspondentes era maior quando se tratava de algo que eles conheciam melhor. Com informações de Agência Estado

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