Com o objetivo de criar oportunidade de crescimento para o jovem, a Seag desenvolveu o Programa de Valorização da Juventude Rural, que desde 2008 facilita o acesso do grupo à capacitação profissional e pessoal. Nesse período, mais de 20 mil jovens já se qualificaram para a gestão de propriedades rurais e unidades pesqueira.
José Braz Venturim, coordenador de agricultura familiar e crédito rural do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), afirmou que a atenção em fomentar atrativos à permanência desses jovens no interior tem aumentado. “Políticas públicas com esforço de valorizar a autoestima do jovem rural e mantê-lo no campo estão mais presentes. É uma medida que influencia na economia nacional, uma vez que o custo para gerar um emprego no campo é bem menor que no meio urbano”, ressaltou.
Além disso, os jovens podem contar com a linha de crédito para agricultores, oferecida pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para receber o crédito, o jovem precisa apresentar um projeto técnico elaborado por ele que será desenvolvido com o apoio do Incaper. “Os projetos abrangem áreas diversas, como plantio, pecuária, cultivo, agroindústria, entre outras inúmeras possibilidades. Para que o jovem identifique com o que quer trabalhar e conquiste o auxílio”, descreveu o extensionista do Incaper, Aristodemos Hassen.
Influência
O extensionista contou que a participação dos jovens tem sido cada vez mais expressiva, através dos trabalhos de incentivo realizados na região. “Vale destacar os cursos de inseminação artificial para bovinos, onde 90% do público era composto por produtores jovens, que aplicaram o conhecimento adquirido nas respectivas propriedades”, ressaltou.
O extensionista acrescenta, ainda, que os mais novos também são mais atuantes nas associações de crédito fundiário, grupos organizados para aquisição de novos recursos. “As condições de vida no campo têm melhorado muito, com o patrolamento das vias e o acesso facilitado à informação. O jovem rural tem se sentido mais integrado à sociedade”, comentou.