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quinta-feira, 2 maio, 2024

Número de inadimplentes cresce 5,3% no Brasil

Representante da Ibef-ES aponta fatores como queda da Selic e desemprego como determinantes.

Por Gustavo Costa

O número de registro de inadimplentes no país cresceu 5,3% em 2023, na comparação com 2022. Apesar do crescimento, a taxa mostrou desaceleração ao longo do ano: ela chegou a marcar 22,4% no acumulado em 12 meses até março, antes de entrar em tendência de desaceleração.

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De acordo com os dados da Boa Vista e divulgados pela Agência Estado, essa foi a variação na comparação com o ano passado, em dados sem ajuste sazonal. Já a recuperação do crédito cresceu 21,6% em 2023. Na comparação mensal, subiu 1,2% em dezembro.

Com o levantamento, é possível perceber, segundo a líder do comitê de Economia do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-ES), Flávia Rapozo, que embora muitas contas extras sejam cobradas no primeiro trimestre, como IPTU, IPVA, e ainda anuidades de Conselhos Profissionais, e os gastos com material escolar e matrículas, outros fatores estão mais correlacionados a essa desaceleração da taxa de inadimplência ao longo do ano de 2023.

Além das contas tradicionais do começo de ano

Um deles, a especialista em finanças diz, é a queda da taxa básica de juros (Selic) que saiu do patamar de 13,75% ao final de 2022 para 11,75% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada em dezembro de 2023. “Frisa-se que essa queda da Selic foi acentuada no segundo semestre. Um outro fator importante foi a taxa de desemprego que também reduziu ao longo do ano. Soma-se a isso o fato de que a meta de inflação foi cumprida (4,62% alcançados contra 4,75% que era o teto máximo). Tudo isso contribuiu para um aumento da renda média da população, principalmente na segunda metade de 2023”, explicou ela.

No ponto de vista de Rapozo, a confiança da população tem aumentado após o pesadelo da pandemia, o que explica uma retomada às compras. Entretanto, é importante frisar que apesar do aumento do número de inadimplentes em relação ao ano de 2023, o número vem caindo ao longo do ano, porém, a queda desses níveis de inadimplência é gradual. “Não existe mágica. Ela vem de um esforço real de manter a inflação em níveis controláveis, e ao mesmo tempo reduzir as taxas de desemprego. Portanto, espera-se que a tendência de queda se mantenha para o primeiro trimestre de 2024, principalmente porque os números da economia em 2023 têm trazido confiança ao mercado, com expectativas de crescimento do PIB”, analisou.

A líder do Ibef-ES lembra ainda que o governo prorrogou o prazo de adesão ao programa Desenrola até 31 de março deste ano. 24. “O Desenrola abrange pessoas que tem dívidas negativadas entre 2019 e 2022, e apresenta condições atrativas para quitação do débito”, finalizou.

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