Foram avaliados os itens mais procurados no Natal, dentre eles, quais estão mais caros ou diminuíram de preço
Por Amanda Amaral
Neste final de semana, muitos capixabas estarão reunidos com suas famílias para comemorar o Natal no domingo (25), almoçando e dividindo presentes. Contudo, há itens comuns à data que estão até 20% de mais caros este ano, é o caso das roupas masculinas. Já outros, estão mais baratos, o preço do videogame caiu 8,5.
É o que indica um levantamento feito pela XP – uma plataforma tecnológica de investimentos. A equipe da empresa comparou os preços dos produtos mais consumidos em dezembro de 2022 com os praticados no mesmo mês em 2021, considerando a inflação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) DE 5,47%.
- 4 dicas para usar a 2º parcela do 13º salário
- Siga ES Brasil no Facebook
Item alimentação
Na alimentação ao domicílio, por exemplo, os preços cresceram perto de 13%; item a item, bacalhau e frango tiveram altas de 7,9% e 5,1%, respectivamente. Uma das principais guloseimas do Natal, a rabanada, deve surpreender muitos consumidores com custo mais alto nos ingredientes para sua preparação.
O grupo leite e derivados cresceu 26% (o leite in natura ainda mais, quase 40%); o pão francês, 18%; ovos, quase 20%. O açúcar, por sua vez, foi o único com deflação: -1,1%. De acordo com Tatiana Nogueira, economista da XP, os principais fatores que jogam os preços para cima no acumulado do ano são: aumento global dos preços de matérias-primas como trigo, milho e proteína animal por conta de problemas climáticos — La Niña —, efeitos da pandemia e guerra Ucrânia x Rússia.
“De forma geral, as commodities agrícolas ficaram pressionadas nos últimos dois anos por conta da pandemia, questões climáticas (com quebra de safras) e a guerra, sendo a Ucrânia grande exportadora de grãos. Isso tudo eleva os custos, mesmo com uma desaceleração pontual na margem recentemente” explica.
Item vestuário
Em relação aos presentes, o grupo de vestuário passou por uma inflação significativa em 2022. O item vestuário subiu 17,4%, as roupas masculinas estão 20,9% mais caras. Já as femininas apresentaram elevação de 19,5%. Os calçados também subiram de preço, 16,6%.
“Sobre esses itens, temos que observar que já existe um aumento de demanda no final do ano já que muitos optam por presentear com esses produtos. Normalmente, a tendência é termos quedas de preços nas trocas das estações e altas nas novas coleções e no Natal. Mas nos últimos dois anos, não vimos esse movimento”, ressalta Tatiana.
A economista pontua que os preços de vestuário registraram apenas altas, por conta do custo de produção que ficou muito mais caro. “O algodão subiu 150% desde o começo da pandemia e até tecidos sintéticos sofreram com aumento de preços. No início da Covid-19 o consumo caiu, mas depois voltou a subir. O custo ficou elevado, as pessoas tinham disponibilidade de renda para consumo e, então, o repasse foi feito para esse setor. Enxergamos uma desaceleração no ano que vem, mas, por ora, esses produtos devem continuar pressionados”, completa.
Eletrônicos e brinquedos
Para as crianças e adolescentes há uma boa notícia: deflação considerável nos preços de videogames e computadores de -8,5 e -2,6%, respectivamente –, e alta modesta em Aparelho telefônico, apenas 1,9%.
Para aquelas menos ligadas no mundo digital, o valor pago por bicicletas ficou 7,5% ais caro e brinquedos 15,5%. Aos adultos com desejo de renovar o audiovisual de suas casas, televisores e aparelhos de som sofreram deflação de -7,1% e -6,1%, respectivamente. Veja tabela abaixo.
Confira a variação de preço entre dezembro de 2021 e de 2022:
Alimentação ao domicílio – +13%
Pescados – +1,9%
Bacalhau – +7,9%
Frango inteiro – +5,1%
Lite e derivados – +26%
Leite in natura – 40%
Pão francês – +18%
Ovos – +20%
Açúcar refinado – -1,1%
Vestuário – +17,4%
Roupas masculinas – +20,9%
Roupas femininas – +19,5%
Roupa infantil – +13,6%
Calçados e Acessórios – +16,6%
Joias e bijuteria – +4,6%
Aparelhos eletrônicos – +4,9%
Videogames (console) – -8,5
Computador pessoal – -2,6%
Aparelho telefônico – +1,9%
Bicicletas – +7,5%
Brinquedos – +15,5%
Televisores – -7,1%
Aparelhos de som – -6,1%
Fonte: Empresa XP.