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sexta-feira, 29 março, 2024

Presidente da Argentina fala sobre Bolsonaro e acordo com UE

Nos últimos dois anos, o processo da aliança Mercosul-União Europeia ganhou fôlego

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou nesta segunda-feira (03) que, antes da Cúpula do G20, que foi realizada no último fim de semana, o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, disse a ele que quer avançar nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia.

“Falei antes de começar o G20 com o meu novo colega Jair Bolsonaro e ele me confirmou que quer avançar neste acordo, mas precisa ver como está e tomar a sua posição”, declarou o líder argentino em entrevista coletiva, em Buenos Aires, convocada para analisar os resultados da reunião.

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A UE e o Mercosul negociam um acordo baseado em três pilares – diálogo político, cooperação e livre-comércio – há quase duas décadas. Nos últimos dois anos, o processo ganhou fôlego e várias são as vozes que consideravam que a assinatura definitiva esteja próxima.

No entanto, além das já alongadas negociações e das dúvidas sobre qual será a postura de Bolsonaro sobre o Mercosul quando assumir o cargo, em 1º de janeiro, surgiram as reservas expressadas no sábado pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Ele advertiu, em Buenos Aires, que o seu país “não aceitará acordos” com países que não respeitem o Acordo de Paris, em referência a Bolsonaro, que na campanha eleitoral mostrou discordância com esse texto sobre a mudança climática, do qual Macron é um dos seus maiores defensores.

Macri antecipou hoje que deve conversar com Bolsonaro nos próximos meses e debater o tema e anunciou que no próximo dia 10 acontecerá uma nova reunião técnica entre a UE e o Mercosul, quando deve acontecer algum “avanço”.

“Claramente é um acordo muito demorado. Há mais de 20 anos que esta negociação existe”, afirmou.

O presidente argentino disse que todos os líderes concordaram que este acordo é uma grande oportunidade para todos e que ele que já falou com nomes como Angela Merkel (Alemanha), o próprio Macron, Pedro Sánchez (Espanha) e Giuseppe Conte (Itália).

“Infelizmente todas estas demoras fizeram com que haja uma nova autoridade, embora ainda não tenha assumido, no Brasil”, refletiu.

Entre as 17 reuniões bilaterais que aconteceram no fim de semana, de forma paralela à cúpula, esteve o encontro de Macri com a primeira-ministra britânica, Theresa May.

“Sabemos que o Reino Unido está se separando da Europa e isso também abre oportunidade de gerar convênios de troca específicos com o Mercosul e eles também estão abertos”, disse.

*Da redação com informações da Agência Efe

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