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quinta-feira, 2 maio, 2024

Médicos promovem campanhas Julho Verde e Amarelo

Organizações de saúde promovem campanhas de prevenção e combate a doenças

Por Rafael Goulart

Neste ano, há ao menos uma campanha de saúde por mês e, por vezes, duas ou mais. O mês de julho é palco das campanhas de conscientização, prevenção e combate a hepatites virais (Julho Amarelo) e cânceres que atingem a cabeça e pescoço (Julho Verde).

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De acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 704 mil novos casos de neoplasias malignas para o triênio de 2023-2025 no Brasil. Desse total, cerca de 19,5 mil homens e 17.140 mulheres devem sofrer com câncer de cabeça e pescoço.

Na análise por gênero, há diferenças significativas na incidência da doença: homens tem de duas a quatro vezes mais chance de ter câncer na cavidade oral; já mulheres tem de duas a cinco vezes de desenvolver tumores na tiroide.

Os dados do Inca também revelam que o Espírito Santo tem uma das incidências mais altas do país em neoplasias malignas na cavidade oral e esôfago.

Os índices poderiam ser melhores já que a maior parte desses tumores é causado por comportamento de risco. O mesmo vale para a mortalidade: “No caso dos cânceres de cabeça e pescoço, com o tratamento precoce as chances de cura chegam a 90%”, contou o médico Evandro Duccini.

Duccini é cirurgião de cabeça e pescoço da Unimed e esteve presente na instituição da campanha de conscientização e prevenção desses cânceres. “A data foi criada e oficializada no 5º Congresso Mundial da IFHNOS – International Federation of Head and Neck Oncologic Societies, realizado em Nova Iorque, em 2014, com a participação da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), evento, inclusive, em que estive presente”, contou.

Para a prevenção, as dicas dos médicos são as mesmas: “Ter uma alimentação saudável, praticar atividade física regularmente, manter a higiene bucal em dia, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, usar protetor solar e não fumar. Parar de fumar, inclusive, é a melhor maneira de evitar a maioria dos cânceres de boca, faringe e laringe”, recomenda Duccini.

“Outro fator de risco é o vírus do HPV, muito por conta do sexo oral sem preservativo. Ocorre que muitos pacientes não procuram ajuda médica por achar que vai passar. Quando procuram essa lesão já está grande e avançada a ponto de não ser mais curativa, ou seja, não ter mais condições cirúrgicas ou mesmo quando já deu metástase”, completa Arianne Velasquez, Oncologista e professora da UVV.

Além de não se prevenir, boa parte da população resiste ou não tem consciência da necessidade de procurar ajuda médica. Como já dito, o tratamento desses cânceres tem muita chance de sucesso desde que comece nas fases iniciais, por isso é preciso ficar atento aos sinais, como: sensações de corpo estranho (espinho) na garganta, dificuldade para engolir, dificuldade para mastigar, dor na língua, mau hálito persistente ou nódulos no pescoço.

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