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domingo, 5 maio, 2024

Coletores de lixo aceitam proposta e encerram ameaça de greve

Movimento estava suspenso após a assembleia geral da categoria aprovar a proposta dos sindicatos patronais

Por Kebim Tamanini

Os coletores de lixo, em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (31), aceitaram a proposta de melhorias salariais e condições de trabalho apresentada pelos sindicatos patronais na semana passada. A greve, que havia sido deflagrada pela categoria entre os dias 22 e 24 de janeiro, foi suspensa após uma série de reuniões entre as partes envolvidas.

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“A negociação foi vitoriosa, uma grande conquista! A proposta inicial dos patrões, após cinco rodadas de negociação, era de apenas 3,71%. Com a greve, a passeata e a luta da categoria, essa proposta avançou, garantindo mais ganhos para os trabalhadores”, destacou a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Serviços Similares no Estado do Espírito Santo (Sindilimpe-ES), Evani Reis.

A proposta aceita pela categoria engloba um reajuste de 7% para os garis, equiparação salarial dos municípios do interior com o valor pago aos funcionários de limpeza urbana de Aracruz, reajuste de 9% para coletores (responsáveis pela coleta dos sacos de lixo) e jardineiros, reajuste de 9% para encarregados, supervisores e líderes de turma, redução da carga horária dos garis de oito para seis horas diárias (aplicável a novos contratos) e a inclusão de um café da manhã no valor de R$ 5,00.

Entenda o motivo da greve na época

O Sindilimpe-ES, representante de cerca de 2 mil coletores na Grande Vitória, optou por paralisar os serviços em 22 de janeiro, buscando melhorias substanciais nas condições laborais. As demandas incluíam um reajuste salarial de 15%, melhores condições de trabalho e a concessão de um tíquete alimentação de R$ 1 mil, sem descontos em casos de atestado, férias ou diferença de escala.

Foram realizadas diversas reuniões, e o sindicato levará a proposta recebida pela empresa para uma outra assembleia-geral
Período que o sindicato suspendeu a greve. Foto: Sindilimpe-ES

Contudo, em 24 de janeiro, a Justiça do Trabalho interveio, impondo regras à paralisação e exigindo que os coletores mantivessem um mínimo de 50% de recolhimento durante a greve, sob pena de multa diária de R$ 50 mil ao Sindilimpe-ES em caso de descumprimento.

Após uma série de reuniões com a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em conjunto com o Sindicato Estadual das Empresas de Limpeza Urbana do Espírito Santo (Selures), foi apresentada a proposta que foi aceita pela categoria nesta quarta-feira.

A paralisação de dois dias resultou no acúmulo de lixo nas cidades da Grande Vitória, levando algumas prefeituras a realizarem mutirões para amenizar os impactos causados pela greve.

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