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sexta-feira, 29 março, 2024

Governo quer programa de revitalização de bacias, diz Marinho

O ministro comentou que recursos necessários para a reconstrução de problemas causados por desastres naturais

Por Amanda Pupo (AE)

O governo quer “colocar de pé”, preferencialmente até o fim do ano, programa para dar início ao processo de revitalização de bacias hidrográficas, como a do Rio Taquari, do Araguaia, de Parnaíba e do São Francisco, disse nesta quarta-feira (4) o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Segundo ele, o assunto foi tema de recente reunião da pasta com os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Agricultura, Tereza Cristina.

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Em audiência pública no Senado, na comissão temporária externa do Pantanal, Marinho apontou o programa como uma das ações preventivas que o governo federal já estuda para enfrentar o problema das queimadas nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O ministro destacou que no Rio Taquari, cujas águas alimentam o Pantanal, a região é extremamente “antropizada” (alterada pela ação do homem) e foi deteriorada pela atividade agropecuária nas últimas décadas.

“É colocar de pé, até o fim do ano preferencialmente, programa que permita início do processo de revitalização de bacias. Acreditamos que há que se tratar de prevenção. Projetos dizem respeito à questão da sustentabilidade, integração das populações ribeirinhas, para que elas possam conviver de forma sustentável com os rios e seus afluentes”, disse Marinho, lembrando que no ano passado o governo já lançou o programa de recuperação do Rio Araguaia.

Para o ministro, o trabalho de prevenção e preparação é essencial para enfrentar o problema das queimadas, uma vez que, em sua visão, é inevitável que novos incêndios aconteçam em razão das condições naturais da região. Como mostrou o Broadcast/Estadão, faltando dois meses para o ano terminar, os biomas do Pantanal e da Amazônia já registram recordes de queimadas. No Pantanal, este já é o pior ano desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a registrar os focos ativos de fogo, em 1998. Já na Amazônia, o número de ocorrências entre janeiro e outubro já supera o total de 2019.

“O que precisamos fazer é termos ações preventivas eficazes para diminuir impacto, é problema natural, a não ser aquele que é criminoso. Mas há causas naturais pelo clima”, continuou Marinho

Questionado ainda se a restrição orçamentária enfrentada pelo governo não seria um problema para que ações de enfrentamento sejam tomadas, o ministro comentou que recursos necessários para a reconstrução de problemas causados por desastres naturais podem ser acessados por meio de crédito extraordinário, que ficam fora do teto de gastos. “Como aconteceu no início do ano com desastres causados por chuvas torrenciais. Se tiver necessidade, faremos de novo em 2021”, disse.

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