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sexta-feira, 29 março, 2024

Governo e mulheres de PMs tentam acordo nesta tarde

Um grupo de mulheres que assume o movimento de proibição da ida de PMs às ruas, apresentou propostas; e a contra proposta virá nesta quinta (9).

Após cinco dias de caos no Estado, o Comitê Permanente de Negociação, criado para manter diálogo com os representantes do movimento, recebe as mulheres de policias . A reunião aconteceu no palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória.

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A primeira reunião com apresentação de propostas entre mulheres de policiais militares e governo ocorreu nesta quarta-feira (8), 5º dia de caos na segurança pública com a falta de PMs nas ruas. A conversa, a portas fechadas, terminou sem acordo. Logo mais, as 14h desta quinta-feira (9), o governo irá apresentar a contra proposta às representantes do movimento. As mulheres agora reivindicam aumento de 100% para a toda categoria, não mais 43%, e anistia geral para todos os policiais e para elas.

As famílias protestam impedindo a saída dos militares dos batalhões, exigem reajuste salarial para a categoria, proibida de entrar em greve, de acordo com a Constituição Federal. Além das mulheres de policiais e quatro representantes de associações de policiais militares, participaram da reunião três representantes do Governo: o chefe da Casa Civil José Carlos da Fonseca, o secretário de Direitos Humanos Julio Pompeu, e o secretário de Controle e Transparência Eugênio Ricas. O secretário de Estado da Fazenda, Paulo Roberto Ferreira, também faz parte da comissão do governo, mas não conseguiu comparecer a reunião. As representantes dos militares reclamaram da ausência do governador em exercício, César Colnago.

O secretário Julio Pompeu comentou a reunião. “Sempre que tínhamos uma iniciativa de diálogo, havia o problema de que as mulheres que recebíamos não representavam a totalidade do movimento. Agora elas estão com um grupo organizado, que permite uma conversa, que permite compor uma mesa de negociações e avançar na discussão. Temos mais uma rodada marcada para esta quinta e estamos esperançosos”, disse Pompeu. O secretário disse que acredita que  a “sanidade” será restaurada..

Sem a polícia nas ruas, já foram assaltadas centenas de lojas e registradas 91 mortes violentas, segundo o sindicato da Polícia Civil. Embora, não haja confirmação oficial, moradores de diversos bairros garantem que muitos desses tiroteios têm sido resultado da guerra do tráfico e têm tingido inocentes.

Ao fim da reunião, as mulheres disseram que a conversa foi produtiva, mas reclamaram da ausência do governador em exercício, César Colnago. “O governo abriu o canal do diálogo, mas o governador tem coisas mais interessantes na agenda do que estar presente na reunião com o movimento. Fomos devidamente respeitadas, nossa proposta foi apresentada, mas não trouxeram uma contra proposta, nada mesmo, mas a nossa foi entregue”, disse uma das participantes da reunião.

Dos duas exigências feitas pelas representantes do movimento, elas já avisaram que não abrem mão da anistia de sanções administrativas e judiciais que os policiais poderão sofrer por terem ficado sem ir para as ruas. Elas destacaram que os horrores que a população tem visto nesses dias, é a realidade vivida pelos policiais o tempo todo.

O Comitê Permanente de Negociação foi criado para manter diálogo com os representantes do movimento que impede a saída de policiais militares. O decreto será publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (9).

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