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quinta-feira, 2 maio, 2024

Febre amarela: 152 cidades mineiras em alerta

Quintuplicaram casos investigados pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais.

O governo de Minas Gerais ampliou o alerta de emergência para 152 municípios, nesta sexta-feira (13), após novos óbitos possivelmente causados por febre amarela. Hospitalizados com sintomas da doença, 30 pacientes faleceram na rede pública nos vales do Mucuri e do Rio Doce, sendo 10 deles a causa da morte apontada como febre amarela.

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Ainda nesta sexta-feira, o governo divulgou que 21 cidades já têm notificações da enfermidade. A análise de material dos enfermos está sendo feita pela Fundação Ezequiel Dias. Segundo o jornal Estado de Minas, em menos de cinco dias, quintuplicaram os possíveis casos de febre amarela investigados pela Secretaria de Saúde. O número de pessoas que podem ter contraído a doença, estimado em 23 no início da semana, passou para 110. A possibilidade de epidemia, no entanto, foi descartada pela Vigilância e Proteção à Saúde.

O aumento de casos de febre amarela silvestre (transmitida em regiões rurais e de mata) em Minas Gerais pode ser um surto cíclico da doença, como o já observado em 2009. Mas não se pode descartar o risco de ocorrência nas áreas urbanas. “Devemos nos preocupar, sim. Estamos sentados em uma bomba-relógio”, disse à BBC Brasil o epidemiologista Eduardo Massad, da USP. “Precisamos entender o risco de reintrodução de febre amarela urbana, o que seria uma enorme tragédia, talvez maior do que zika, dengue e chikungunya juntas – porque ela mata quase 50% das pessoas que não são tratadas.”, declarou o especialista. 

A febre amarela é considerada endêmica nas regiões rurais e de mata do Brasil, onde é transmitida por mosquitos de espécies diferentes, como o Haemagogus e o Sabethes, para macacos e, ocasionalmente, para humanos não vacinados. Mas não há registro de casos em áreas urbanas – onde o vetor é o mosquito Aedes aegypti – desde 1942.

 

 

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