Temor é que vírus encontre caminho evolutivo para infectar humanos com mais eficiência

Por Rafael Goulart

De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Brasil tem 32 casos confirmados de aves infectados com a variante H5N1 sendo que 20 casos foram descobertos no Espírito Santo. 

Apesar de já ter havido casos suspeitos de infecção em capixabas, até o momento nenhum caso de infecção em humano foi confirmado em todo o país. Isso porque a transmissão de aves para humanos é rara e a transmissão entre humanos ainda mais difícil de acontecer.

“Os casos em humanos são raros, mas podem acontecer e também podem ser fatais. Felizmente, a transmissão entre humanos, embora possa acontecer, não é sustentada (ou, não é eficiente e não espalha rápido”, explicou de forma didática a médica e infectologista Luana Araújo no Instagram (@drluanaaraujo).

A preocupação, no momento, é que o vírus encontre uma mutação que aumente a eficiência de transmissão para o organismo humano. Uma das medidas importantes é tentar controlar a circulação do vírus, impedindo que ele encontre novos caminhos evolutivos.

Atualmente a variante H5N1 é classificada como de alta patogenicidade, isso significa que ela tem maior capacidade de “vencer” o sistema imunológico e causar sintomas mais intensos do que suas “parentes”.

O risco da variante H5N1 encontrar um caminho para infectar humanos preocupa o Instituto Butantan que já trabalha em um imunizante para o patógeno.

“Especialistas do instituto e de outras organizações de saúde brasileiras e mundiais já vislumbram essa possibilidade, pela recente disseminação de influenza aviária mundo afora, sobretudo o subtipo H5N1, que vem dizimando aves e tem uma taxa de letalidade de 50% em humanos”, divulgou o Instituo.

Espírito Santo

A Secretaria de Saúde do Espírito Santo já investigou 122 casos suspeito de infecção em humanos. Até o momento, 119 casos já foram descartados após exames laboratoriais.

Em aves, são 20 casos confirmados, confira: