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sexta-feira, 3 maio, 2024

Entenda como é a maior repatriação da história do Brasil

Nomeada de “Voltando em Paz”, a operação pretende resgatar os cidadãos que vivem em Israel e na Palestina que desejam retornar ao solo brasileiro

Um voo de repatriação de brasileiros vindos de Israel pousou em Brasília na madrugada desta quarta-feira, 11, trazendo a solo nacional 211 brasileiros que estavam na região durante os conflitos entre Israel e Hamas. Este foi o primeiro de seis voos que serão feitos até domingo, 15, na maior operação de repatriação da história do País, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB).

“Somos o primeiro país a realizar esse tipo de operação na região”, declarou o comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, em entrevista coletiva. Nomeada de “Voltando em Paz”, a operação pretende resgatar os cidadãos que vivem em Israel e na Palestina que desejam retornar ao Brasil, bem como aqueles que vivem em países vizinhos, como Jordânia e Egito.

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Equipes médicas e psicólogos foram acionados na missão, para prestar assistência aos repatriados. Um segundo voo de repatriação partiu de Tel Aviv aproximadamente às 12h30 (horário de Brasília) nesta terça, com 214 passageiros, incluindo cinco crianças de colo, além de quatro animais de estimação. O pouso está previsto para o início da madrugada de quinta-feira, na Base Aérea do Galeão.

Confira abaixo perguntas e respostas sobre a operação de repatriação:

Quantos brasileiros devem ser repatriados?

Até o sábado, 14, a expectativa do governo brasileiro é repatriar 900 brasileiros. A maioria deles é composta por turistas que visitavam Tel Aviv e Jerusalém quando o ataque ocorreu no último sábado, 7.

São estimados 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil brasileiros na Palestina. O Itamaraty disponibilizou ao público um formulário online, onde as pessoas poderiam manifestar seu interesse em voltar para o Brasil. Até o momento, 2,7 mil brasileiros se cadastraram no formulário, mas nem todos pretendem retornar neste primeiro momento.

“O formulário foi disponibilizado para os brasileiros que estão na região preencher não apenas por interesse na repatriação, mas também para a embaixada saber onde eles estão e qual sua situação, para poder oferecer algum outro tipo de apoios além da repatriação. Vários não querem partir”, explicou o diretor do Departamento Consular do Itamaraty, Aloysio Mares Dia Gomide Filho, acrescentando que há cadastros repetidos.

Qual a ordem de prioridade escolhida pelo governo?

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está organizando a ordem de grupos de brasileiros que deixarão a região. Entre os grupos prioritários para embarque nos voos da FAB, estão pessoas que residem no Brasil (turistas ou viajantes a trabalho, por exemplo), pessoas com deficiência, idosos, grávidas e menores de idade.

Para agilizar o processo, o Ministério das Relações Exteriores está pedindo que aqueles que tiverem passagens aéreas para datas próximas já compradas, ou condições para adquiri-las, embarquem em voos comerciais a partir do aeroporto Ben-Gurion.

Quais aviões estão sendo utilizados pelo governo federal?

O Brasil preparou dois aviões KC-30, cada um com capacidade para 230 passageiros; dois KC-390, que podem transportar até 80 pessoas e mais dois emprestados pela presidência, que podem transportar até 40 pessoas. A primeira aeronave a sair para missão foi um KC-30 que, além dos passageiros, consegue levar 45 toneladas de cargas e é a maior aeronave da FAB.

Por que o Brasil pediu ajuda para o Egito?

Israel possui uma fronteira de 11 quilômetros de extensão com o Egito. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está negociando com o governo egípcio para viabilizar a saída de brasileiros de Israel por esta faixa fronteiriça, utilizando ônibus. Segundo o ministro, a intenção inicial das autoridades brasileiras é transportar os brasileiros e, em alguns casos, seus parentes próximos, até Rafah, na fronteira entre Gaza e Egito.

“Creio que esta será a saída para evacuar os brasileiros que se encontram correndo riscos nesta região conflagrada”, acrescentou o chanceler brasileiro. O posto de fronteira em que ocorreria a passagem está atualmente fechado devido à escalada da violência na região durante o conflito. Com informações de Agência Estado

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