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quinta-feira, 28 março, 2024

Dia Nacional do Hospital: homenagem aos hospitais filantrópicos do ES

O Dia Nacional do Hospital foi instituído há sessenta anos, em homenagem aos inúmeros serviços prestados pelas instituições hospitalares em todo o Brasil.

Por Munik Vieira

Esta data é celebrada em 2 de julho em homenagem à data de fundação do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Santos, no estado de São Paulo, em 1945, considerado um dos maiores do Brasil. Quatro séculos antes, a entidade foi o primeiro hospital a ser erguido no Brasil e já nasceu com a natureza filantrópica de acolher e cuidar de quem mais precisa.

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Os hospitais filantrópicos são instituições privadas, mas que são contratadas pelos gestores públicos para prestar serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS).

No Espírito Santo, o Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória foi o primeiro a hospital ser construído, há mais de 400 anos. A instituição presta assistência à saúde há mais de 200 anos.

Segundo Fabrício Gaeede, presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do ES (FEHOES), atualmente, existem 36 hospitais filantrópicos presentes em 30 municípios capixabas.

Fabrício Gaeede
Fabrício Gaeede é presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo. Foto: Divulgação

“Esses dados chamam atenção e surpreendem. Desses 30 municípios onde os hospitais filantrópicos estão instalados, em 23 deles, os filantrópicos são os únicos existentes”, destaca o empresário.

Além disso, Gaeede ressalta ainda que 72% dos leitos dos hospitais filantrópicos, em média, são disponibilizados ao Sistema Único de Saúde (SUS). E 51% de todas as internações SUS do estado também vêm desses hospitais, que se destacam ainda na Alta Complexidade, sendo responsáveis por 77% de todas as internações.

Hospital Santa Rita
O Hospital Santa Rita de Cássia é uma entidade filantrópica reconhecida em todo o Estado como referência em tratamento de câncer. Foto: Divulgação

Os recursos financeiros que sustentam as instituições filantrópicas são provenientes das três esferas públicas: União, Estado e Município. Mas, a participação da sociedade civil, por meio de associações sem fins lucrativos, é o fundamental e mais importante financiador.
“Geralmente, o recurso proveniente do estado e município não é suficiente. Dessa forma, as instituições recorrem a outras fontes de receitas, como por exemplo, a prestação de serviços para convênios particulares e arrecadação por sociedade”, destaca Gaeede.

Pandemia

Durante a pandemia do novo coronavírus, todos os serviços de saúde do Brasil e do mundo precisaram se adaptar para participarem do combate e controle da doença. Não foi diferente para os hospitais filantrópicos.

Ao longo de todo o ano de 2020, o segmento filantrópico criou e ofertou ao SUS um total de 209 leitos de UTI e 194 leitos de enfermaria voltados, exclusivamente, para absorver os impactos da pandemia. Segundo informações estratificadas pelo DATASUS, os filantrópicos foram responsáveis por realizar 38% de todas as internações SUS para tratamento de infecção pelo coronavírus.

Aqui no Espírito Santo, a relevância dos filantrópicos durante a pandemia é ainda mais significativa no interior do estado, com destaque para a região sul, que foi responsável por
95% de todas as internações de pacientes com covid-19.

Durante o período de isolamento, os hospitais filantrópicos também mantiveram os atendimentos essenciais, evitando que houvesse desassistência nas linhas mais críticas.

Além da saúde

“No Espírito Santo, os hospitais filantrópicos vão além da prestação de serviços voltados à saúde da sociedade. Nós focamos na saúde, mas vamos além, pois temos inúmeros projetos destinados à área social. Nossos hospitais atuam fortemente nas áreas de pesquisa e formação de profissionais da saúde. A Emescam, por exemplo, é uma das mais respeitadas faculdades de medicina do Brasil, e é da Santa Casa. Boa parte dos profissionais da saúde foram formados por instituições filantrópicas”, afirma Fabrício Gaeede.

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