De acordo com a Conab, cerca de 27,3 mil toneladas do grão importado serão enviadas a Cachoeiro de Itapemirim e Colatina por R$ 4 o quilo
Por Kebim Tamanini
O diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou que o arroz importado pelo governo federal estará disponível nos supermercados em um prazo de 45 a 60 dias, com pacotes de 5 quilos vendidos a R$ 20 para os consumidores finais. O Espírito Santo deve receber cerca de 27,3 mil toneladas dos 263,3 mil adquiridos pelo leilão realizado na última quinta-feira (06).
“Os arrematantes agora terão cinco dias para dar o sinal para formalização da compra e depois deverão entregar o produto nos armazéns e silos da Conab para distribuição. A partir do momento em que o arroz estiver no armazém da companhia, os supermercados e atacarejos receberão o produto”, declarou Pretto.
De acordo com a Conab, o arroz que será destinado ao Espírito Santo, 12 mil toneladas serão direcionadas para Cachoeiro de Itapemirim e 15,3 mil toneladas para Colatina, compreendendo o valor de R$ 136 milhões nesta operação.
A intenção da Conab era comprar 300 mil toneladas do cereal importado ao preço máximo de R$ 5 por quilo, mas o consumidor pagará R$ 4 o quilo, já que o restante será subsidiado pelo governo federal.
O arroz terá preço tabelado e será embalado com a logomarca do governo federal para garantir que não seja vendido acima de R$ 20 o pacote de 5 kg. “É necessário que haja a identificação para ele não ser vendido acima de R$ 20 o pacote de 5 kg. Por isso é necessário ter a marca do governo federal porque se trata de um produto subsidiado”, acrescentou Pretto.
A importação do arroz foi decidida pelo governo para garantir o acesso ao produto aos trabalhadores brasileiros, diante do aumento dos preços causado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da safra nacional. Houve um aumento de cerca de 14% no preço do produto no varejo, relatado pelos supermercadistas brasileiros, elevando o preço do pacote de cinco quilos para quase R$ 40 em alguns estados brasileiros.
“É uma ação momentânea. Neste ano, não é safra menor, mas é necessidade de consumo”, finalizou Pretto, justificando a importação do cereal.