29.9 C
Vitória
sexta-feira, 17 maio, 2024

Como viajar com seus pets com segurança: Veterinária orienta tutores

Planejamento e cuidados específicos garantem a tranquilidade dos pets durante o transporte, indica especialista em comportamento animal

Por Mariah Friedrich

Muitos tutores optam por levar seus animais de estimação em viagens, seja de carro, avião ou ônibus, o que requer cuidados específicos e um planejamento detalhado. A médica veterinária especialista em comportamento animal Flávia Fagundes compartilhou com a ES Brasil algumas orientações que vão desde a preparação até o próprio transporte para assegurar o bem-estar e a segurança dos pets.

- Continua após a publicidade -

Segundo a especialista, é fundamental que os animais este

Como viajar com seus pets com segurança: Veterinária orienta tutores
A médica veterinária Flávia Fagundes é especialista em comportamento animal – Foto: acervo pessoal

jam em perfeitas condições de saúde antes de qualquer viagem. “O animal precisa passar por uma consulta para garantir que está sem sintomas clínicos e parasitas, além de estar devidamente vermifugado,” explica Flávia Fagundes.

Para a maioria das formas de transporte, especialmente em viagens longas ou por meios de transporte público como avião e ônibus, é necessário que o animal tenha um atestado sanitário emitido pelo veterinário, que valida a condição de saúde do pet para viajar e acompanha a carteira de vacinação atualizada, principalmente a antirrábica.

Este documento segue a legislação do Conselho Federal de Veterinária e as orientações governamentais do Ministério da Agricultura, com validade de 10 dias. A médica veterinária Flávia Fagundes ressalta que o atestado se refere à condição de saúde do animal no momento daquela viagem, então o tutor precisa estar atento de que precisará desse documento em no máximo 10 dias antes de viajar.

Além das medidas tradicionais de segurança e conforto para seu pet durante as viagens, a especialista acrescenta que os tutores podem usar tecnologias de rastreamento para para localizar seus animais de estimação em caso de perda, por meio de microchips com QR Code que fornecem a localização do animal.

Existem várias empresas que oferecem esse serviço de tag na coleira, porém, é importante ressaltar que apenas o veterinário pode realizar a aplicação do microchip e explicar sobre essa tecnologia. O site meupetconectado.com realiza a venda de microchips com tecnologia NFC para veterinários e oferece informações para os tutores aprenderem sobre a funcionalidade.

“A identificação do animal com coleiras é fundamental para a proteção caso ele se perca. Hoje em dia, com mais tecnologia, existem os QR codes para localizar e identificar o tutor e os microchips implantados sob a pele do animal, que já são obrigatórios para algumas viagens internacionais e no Estado do Rio de Janeiro também, a partir de janeiro deste ano”, informa a veterinária.

Além das precauções físicas e identificação segura, a especialista destaca que é fundamental considerar o bem-estar emocional e físico do animal durante a viagem, especialmente para aqueles que sofrem de estresse ou náuseas. Existem medicações específicas para ajudar a controlar o estresse e prevenir vômitos, que são particularmente perigosos em viagens de avião devido ao risco de broncoaspiração.

Por isso, é importante a consulta com um veterinário, que pode prescrever medicamentos para que a viagem não se torne uma experiência traumática para o pet, minimizando desconfortos e riscos à saúde.

Viagens de Ônibus e Aeronaves

Para viagens de avião e ônibus, além do atestado de saúde, são frequentemente exigidos documentos adicionais, como a carteira de vacinação atualizada, e, em alguns casos, um Guia de Transporte Animal (GTA). Este último é mais comum em viagens interestaduais no Brasil e envolve tanto animais domésticos quanto de produção.

No entanto, para viagens de carro dentro de certas regiões ou países, os requisitos podem ser menos rigorosos. Apesar de não ser sempre obrigatório por lei para viagens curtas ou dentro do mesmo estado, é recomendado que o pet seja examinado por um veterinário antes de viajar, para garantir que ele está em condições adequadas de saúde e evitar problemas durante o percurso.

Documentação e Normas para Viagens Internacionais

Para destinos internacionais, os tutores devem se informar sobre as vacinas obrigatórias e a emissão do Certificado Zoossanitário Internacional (CZI). Para deslocamentos dentro do Mercosul, o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos simplifica a documentação necessária.

Na estrada

De acordo com o artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é proibido transportar animais à solta nos bancos de veículos ou entre os braços e pernas do motorista. O descumprimento desta norma é considerado infração média, com penalidade de multa.

Nunca permita que seu pet viaje no colo dos passageiros, no porta-malas aberto de hatchbacks, em picapes abertas ou com a cabeça para fora da janela. Isso pode ser extremamente perigoso e até fatal em caso de acidente.

Em vez de uma coleira comum, é recomendado o uso de um peitoral específico para viagens, para minimizar o risco de lesões no pescoço e na traqueia do animal ao distribuir a força em caso de paradas bruscas. 

Existe um acessório específico que é um cinto de segurança adaptado para pets, conectado ao peitoral e afivelado ao sistema de cinto de segurança do carro, restringindo o movimento do animal e evitando que ele atrapalhe o motorista ou se machuque em uma frenagem.

Para aqueles que preferem ou precisam usar caixas de transporte, devem ser de material resistente e estar bem ventiladas. Importante fixá-las adequadamente no veículo, geralmente no chão atrás do banco da frente ou no banco traseiro, usando o cinto de segurança do carro para assegurar a caixa.

Regulamentações Específicas para Cães-Guia

Os cães-guia são uma exceção às regras comuns de transporte de pets, podendo acompanhar seus donos sem a necessidade de caixas de transporte, desde que devidamente documentados.

Preparação e cuidados

  • Dê um banho no pet para ele viajar limpo e se sentir confortável;
  • Apare as unhas para evitar arranhões ou desconforto durante o transporte;
  • Aproximadamente 15 dias antes da viagem, especialmente se for de avião, comece a familiarizar seu pet com a caixa de transporte. Use petiscos e momentos de brincadeira para que ele associe o espaço com experiências positivas; 
  • Passeie e brinque com seu pet antes de começar a viagem para que ele gaste energia e reduza o estresse; 
  • Ofereça alimentos leves no dia da viagem e evite alimentar seu pet nas duas horas antes de iniciar o trajeto para minimizar o risco de enjoos;
  • Mantenha seu pet bem hidratado, oferecendo água antes de sair e, se possível, durante a viagem; 
  • Certifique-se de que seu pet esteja usando uma coleira com identificação clara, incluindo seu nome e seus detalhes de contato, para facilitar a localização em caso de separação;
  • Se o pet for viajar no bagageiro, deixe uma peça de roupa sua junto a ele para que o cheiro familiar possa tranquilizá-lo durante o voo.

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 221

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA