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quinta-feira, 25 abril, 2024

Cientistas propõem nova categoria em escala de furacões

De acordo com os profissionais climáticos, a alteração é necessária por conta do surgimento de ventos cada vez mais forte, chegando a 320 km/h

A escala Saffir-Simpson, criada em 1970 pelo engenheiro Hebert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson, há anos vem sendo utilizada em todo o mundo para classificar furacões. Mas alguns cientistas afirmam que o método está ultrapassado e deve ser alterado para refletir a severidade dos ciclones tropicais provocada pelas mudanças climáticas.

Atualmente a escala é dividida em cinco níveis. Ela classifica os ventos segundo a intensidade, sendo a categoria 1 entre 119 km/h e 153 km/h e a última, a mais devastadora, com ventos acima de 251 km/h.

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Em entrevista ao “The Guardian”, o climatologista Michael Mann, diretor do Earth System Science Center, na Universidade Estadual da Pensilvânia, apontou que a categoria 5 da Saffir-Simpson era considerada a máxima por provocar a destruição total da infraestrutura humana, mas avanços na engenharia reduziram esses danos. E destacou o registro de ventos com intensidade sem precedentes na última década.

“Cientificamente, categoria 6 seria uma melhor descrição para tempestades com força 320 km/h, e isso comunicaria melhor a descoberta já bem estabelecida de que as mudanças climáticas estão tornando as tempestades ainda mais fortes”, comentou Mann.

De acordo com o ministro para as Mudanças Climáticas da Nova Zelândia, James Shaw, o ciclone Winston, o mais poderoso já registrado no Hemisfério Sul, é um exemplo disso. “O ranking internacional de ciclones não vai além da categoria 5, a única razão de ele (Winston) não ter sido um ciclone de categoria 6 é por não termos essa classificação, mas podemos precisar dela no futuro”, afirmou.

Porém, outros estudiosos defendem que a introdução de nova categoria na escala pode ser complexa. O cientista do Instituto Nacional de Água e Pesquisas Atmosféricas da Nova Zelândia, Chris Brandolino, afirma que meteorologistas de todo o mundo foram treinados com a classificação atual e o público já foi educado sobre o significado da escala e as preparações necessárias para cada situação.

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