Especialistas alertam sobre consumo excessivo e risco de intoxicação
Por Patrícia Battestin
Um novo chá que promete emagrecer é a mais nova moda, principalmente entre as mulheres. Mas o que parece ser uma bebida inofensiva e cheia de benefícios para o corpo, pode não ter efeito tão amigável assim.
O consumo do produto conhecido como coquetel amazônico tem acendido um sinal de alerta nos consultórios. A bebida é um mix de ervas que juntas podem causar danos ao organismo. São elas: centelha asiática, banchá, cáscara sagrada, sene e alcachofra.
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Segundo a endocrinologista e metabologista Gisele Lorenzoni, o coquetel tem sido propagado como emagrecedor, mas que de fato esta junção não tem essa propriedade. “Cada planta desta tem uma característica, algumas são diuréticas, outras laxantes, antioxidantes. Unir todas em uma só infusão é perigoso”, garante a médica.
Cada organismo aceita determinada substância de uma forma, e geralmente as pessoas que buscam esses chás com o intuito de emagrecer já contam com alguma comorbidade, e o efeito esperado não irá acontecer, e sim, provocar outras doenças.
Este coquetel amazônico causa uma falsa sensação de emagrecimento, porque a pessoa urina mais, evacua e acaba ficando menos inchada, porém a perda de água e sais minerais no organismo é prejudicial, e o desejo de perder gordura não acontece. “Pouco se sabe sobre efeitos colaterais destes chás e as pessoas acham que como é natural são inofensivos e alguns até trocam a água pelo chá, e isto pode causar efeitos colaterais graves a estes pacientes, como dano hepático, dano renal, alterando enzimas hepáticas, por não se saber os reais prejuízos e benefícios que esses chás podem trazer para a população”, ressalta a endocrinologista.
A dica é: nunca compre um medicamento sem uma bula e indicação médica. O perigo de intoxicação é real”, alerta Gisele.