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sábado, 27 abril, 2024

ES conta com Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia do Leite

Estado produz cerca de 1 milhão de litros por dia, com cerca de R$ 727 milhões anuais de faturamento

Por Anderson Neto

Visando ao aprimoramento da produção de leite e com base em cinco eixos, tendo como foco a sustentabilidade, agregação de valor e aumento da produtividade, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), lançou, nesta segunda-feira (28), o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia do Leite no Espírito Santo. O objetivo é tornar o Estado autossuficiente na produção.

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Foi autorizada a publicação de edital de licitação na modalidade de registro de preços para aquisição de 7.500 doses de sêmen sexado e 20 botijões de nitrogênio para a implementação das ações de melhoramento genético do rebanho leiteiro no Espírito Santo.

“Nós avançamos em competitividade e qualidade na produção de café e na fruticultura. Agora vamos fazer o mesmo na produção de leite. Tivemos a chegada de novos laticínios, a ampliação dos já existentes e um crescimento na área industrial do leite. Não podemos nos acomodar diante desse mercado em expansão”, afirmou o governador Renato Casagrande.

O Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cadeia do Leite no Espírito Santo é estruturado nos eixos de agregação de valor, produção, produtividade e tecnologia campo, sustentabilidade, recursos humanos nas fazendas e estímulo ao consumo. Ele foi construído com todos os elos da cadeia produtiva do leite e poderá ser implementado por diversas instituições.

Ao todo, o programa conta com 17 projetos que serão trabalhados dentro dos cinco eixos. Entre os projetos iniciais que serão desenvolvidos, destaca-se o projeto de melhoria genética do rebanho leiteiro capixaba e a capacitação de técnicos.

Entre as ações prioritárias, pode-se citar os alimentos volumosos para entressafra, programas de melhoria genética, grupos de assistência técnica e gerencial, treinamento de técnicos e consultores e programas regionais de treinamento de mão de obra.

Atualmente, o Espírito Santo produz cerca de 1 milhão de litros de leite por dia, o que representa cerca de R$ 727 milhões anuais de faturamento, com cerca de dez mil produtores de leite. É a segunda atividade mais presente nas propriedades rurais capixabas, só ficando atrás da produção de café.

A produção de leite no Espírito Santo vem decrescendo nos últimos anos, fruto de uma baixa produtividade nas fazendas. Como resultado, há uma grande capacidade ociosa na indústria láctea capixaba, comentou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

“O programa vai atuar na recuperação dessa atividade, que é a segunda mais presente nas propriedades rurais capixabas. Com eixos voltados para a agregação de valor ao produto, o aumento na produção e produtividade de forma sustentável, o programa também vai oportunizar e orientar projetos e ações de todas as instituições que trabalham na cadeia produtiva”, destacou Bergoli.

Autossuficiência

O programa tem como visão estratégica atingir a autossuficiência na produção de leite no Espírito Santo no horizonte de dez anos. O plano foi estruturado em eixos, objetivos e ações estratégicas e envolve um comitê gestor para criar estratégias sobre a agregação de valor; produção, produtividade e tecnologia no campo; sustentabilidade; recursos humanos nas fazendas e estímulo ao consumo.

Linhas de crédito

Para os produtores interessados em investir na produção, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) oferece linhas de crédito com condições competitivas. O banco vem trabalhando em produtos especialmente voltados para esse público, em um programa, e já oferece linhas com repasse de recursos do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), focadas na industrialização da cadeia leiteira.

Projetos estruturantes

O programa como um todo conta com 17 projetos que serão trabalhados dentro dos cinco eixos. São eles:

  • Fomento à produção de volumoso para entressafra; engloba apoio às ações já existentes; Cessão de equipamentos para uso coletivo e ações de ATER (dias de campo, cursos, palestras etc.);
  • Melhoramento Genético; engloba núcleos de inseminação artificial, distribuição de doses de sêmen e FIV;
  • Capacitação continuada de técnicos e produtores; engloba a ampliação das ações de formação de mão de obra; treinamentos de atualização para técnicos e a capacitação gerencial de técnicos e produtores;
  • Fortalecimento da imagem do leite como atividade econômica; engloba ações com produtores para melhoria na gestão das propriedades e comparação de resultados entre atividades exploradas;
  • Estímulo à agroindustrialização; engloba a realização de mostras e concursos, estímulo à transformação e fortalecimento da estrutura agroindustrial, orientações e estímulo à regularização sanitária de laticínios;
  • Melhoria da qualidade do leite; engloba Ampliação das análises e ações de orientação técnica;
  • Estímulo à aquisição coletiva de insumos;
  • Fortalecimento da assistência técnica e gerencial e ampliação das ações de extensão rural; a implantação de fazendas de referência regionais; engloba a formação de grupos de assistência técnica e gerencial, calendário anual de ações de ATER (dias de campo, cursos, palestras etc.);
  • Ampliação do acesso ao crédito rural e estratégias de financiamento da produção; engloba estratégias para financiamento da aquisição de volumoso para entressafra e a divulgação de linhas disponíveis para investimento em tecnologia e para custear o ciclo anual de produção;
  • Modernização da produção – Pecuária 4.0; Sensores, drones, análise de dados etc;
  • Incentivo à adoção das práticas ESG; engloba incentivo ambiental social e governança, adequação socioambiental de propriedades rurais;
  • Recuperação de pastagens degradadas; engloba estimular adoção de sistemas integrados e nutrição mínima para recuperação;
  • Fortalecimento e ampliação da formação profissional; engloba fortalecer as estruturas de escolas técnicas e o desenvolvimento de projetos de extensão com instituições de formação;
  • Fomento à Juventude rural e sucessão familiar;
  • Projeto de sanidade animal;
  • Incentivo à aquisição de lácteos em compras públicas; engloba estimular a inclusão e fornecimento para programas como PNAE, PAA, CDA, etc;
  • Incentivo à aquisição de lácteos produzidos no Espírito Santo; engloba divulgar a produção local para a população consumidora e realizar ações de conscientização dos consumidores sobre a qualidade dos produtos capixabas.

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