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terça-feira, 30 abril, 2024

Aprendendo a lidar com a geração Z no mercado de trabalho

Pesquisas indicam que esses jovens não colocam o trabalho como prioridade máxima

Por Kikina Sessa

Pessoas que nasceram entre 1995 e 2010 e que estão entrando no mercado de trabalho nesta década de 2020 fazem parte da geração Z. O comportamento desses jovens no mercado de trabalho tem sido motivo de debates sobre uma suposta falta de compromisso dessa população mais jovem contra quem acredita ser natural uma relação diferente dessa geração com o trabalho.

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Pesquisas indicam que esses jovens adultos querem crescer profissionalmente, mas não colocam o trabalho como prioridade máxima. São profissionais que buscam por equilíbrio entre o pessoal e o profissional, querem trabalhar com propósito e não descuidam da saúde mental.

Segundo relatório da Future Dojo eles ainda não chegaram aos 30, mas já a partir deste ano passarão a representar ¼ da população global de trabalhadores. E a tendência é de que estejam cada dia mais envolvidos no desenho de estratégias e na tomada de decisões, ocupando também cargos de liderança, embora este não seja, em muitos casos, o objetivo final desse grupo.

“Quando nós vemos as novas gerações entrando no mercado de trabalho, nós vemos gerações que, de repente, percebem que o trabalho não pode ser tudo na vida. Se nós vamos passar 100 mil horas trabalhando, nós temos que ter um trabalho que faça sentido, que nós gostamos. É uma geração que começa a colocar esse limite de não viver só para trabalhar”, explicou Renata Rivetti, diretora da Reconnect Happiness at Work.

Lideranças

Se o desejo dessa geração não é mais ficar décadas e décadas na mesma companhia e, em alguns casos, nem conquistar cargos de liderança, como as empresas podem fazer para atrair os mais jovens?

Uma pesquisa recente do IWG com trabalhadores da geração Z descobriu que 85% desejam poder usar um escritório perto de casa e 77% disseram que um lugar para trabalhar mais perto de casa era obrigatório para a próxima mudança de emprego.

“Se as empresas souberem olhar para isso, para aprimorarem os seus pilares de gestão, elas só terão a ganhar porque não vão só atrair e reter, mas também aproveitar os benefícios de novas ideias e uma nova força de trabalho, que é a geração Z, como ela também tende a fortalecer outros pilares que vão impactar o negócio da empresa de uma forma positiva em todos os aspectos”, explicou Maria Eduarda Silveira, headhunter e sócia fundadora da BOLD HRO.

Preferência por modelos de trabalho flexíveis

Outras características da geração Z é que tende a preferir modelos de trabalho mais flexíveis, com mais liberdade no que diz respeito à carga horária, por exemplo. Em alguns casos, também explora atividades paralelas, pensando em uma maior independência financeira.

Com a realidade que vivenciamos durante a pandemia, o modelo home office ganhou a preferência entre muitos profissionais. Hoje, mesmo após um movimento significativo de retorno de diferentes setores aos escritórios, parte das equipes prefere o teletrabalho ou modelos híbridos. E quando falamos das novas gerações, esse percentual cresce significativamente.

Segundo matéria divulgada na Forbes sobre tendências do futuro do trabalho, o modelo 100% home office tende a diminuir ainda mais, dando espaço para a flexibilidade. A ideia é conciliar dias de trabalho em casa e no escritório, com ascensão do modelo híbrido. Uma tendência que atenderá, simultaneamente, as empresas e os funcionários.

A decisão do modelo a ser adotado pode variar de um modelo de negócios para outro e, também, de acordo com os tipos de cargos predominantes. Mas abre-se um espaço, inclusive, para negociações entre times e lideranças.

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