Confirmação do encerramento do ato grevista, veio depois que as categorias concordaram com os reajustes salariais e bonificações oferecidos
Por Kebim Tamanini
Após uma série de negociações intensas e a decisão de servidores e professores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de encerrar a greve na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores na Universidade Federal do Espírito Santo (Sintufes) também optou pelo fim do movimento grevista. A decisão foi tomada em reunião realizada na última sexta-feira (28), e os técnicos administrativos da UFES devem retomar suas atividades a partir do dia 2 de julho e as aulas devem retornar no dia 8 de julho.
A confirmação do fim da greve, que já durava três meses, foi comunicada pelo Sintufes através de suas redes sociais. Em seu comunicado, o sindicato detalhou as condições do acordo que levaram à decisão, especialmente no que se refere ao reajuste salarial dos servidores. Com a segunda parcela do aumento salarial de 5%, prevista para abril de 2026, o reajuste para alguns cargos chegará a cerca de 30%.
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O movimento grevista teve uma reviravolta significativa quando o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) decidiu encerrar a greve no último fim de semana. Essa decisão foi crucial, já que caberia a cada instituição a definição sobre o retorno às atividades normais. A adesão do Sintufes ao fim da greve sinaliza uma tendência de retorno à normalidade nas instituições federais de ensino superior no Espírito Santo.
Durante as negociações, o governo federal apresentou uma proposta que foi aceita pelo Comando Nacional de Greve. Devido às limitações orçamentárias, o governo propôs um reajuste zero para o ano de 2024. No entanto, para compensar essa limitação, foi acordado um aumento no reajuste linear previsto até 2026, de 9,2% para 12,8%. Esse aumento será distribuído em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
O fim da greve dos técnicos administrativos da UFES e dos servidores do Ifes marca um momento de transição e ajuste, após um período de paralisações que afetaram significativamente as operações dessas instituições. A administração das instituições agora se concentra em reorganizar o calendário acadêmico e reestabelecer a rotina para alunos e servidores.