Ao contrário de outras cidades do país, aluguel segue em alta em municípios capixabas.
Por Gustavo Costa
Em dezembro os aluguéis residenciais registraram no país queda de 1,16% (após queda de 0,37% em novembro) segundo dados do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
Durante o ano passado, o índice acumulou uma alta de 7,46%. O IVAR foi idealizado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Os dados, no entanto, levam por enquanto apenas quatro capitais em consideração para chegar a uma média: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Mas e quanto à Vitória, qual será a realidade dos imóveis na capital do Espírito Santo? Será que o Estado também passa por um fim de ano de queda? A resposta é não, segundo Charles Bittencourt, diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES).
De acordo com Bittencourt, o mercado da capital e dos municípios da Grande Vitória passam por um cenário diferente. “A gente vive um momento muito bom. Você tem um mercado de muita demanda e pouca oferta. Então, às vezes, por exemplo, o Índice Geral de Preços do Mercado (I-GPM) está negativo e aqui, nós estamos vivendo, principalmente no imóvel residencial, um mercado superpositivo”, explicou ele.
Na verdade, o diretor se adianta em dizer, o problema hoje da Grande Vitória é justamente o contrário. “Hoje vemos a falta do imóvel. Então, quando você tem a falta, você não tem oferta, você tem demanda alta, você tem uma valorização. Então nós temos casos assim em torno aí de 10%, 12% de valorização do imóvel residencial. No imóvel comercial já é um pouco diferente, ele se mantém estável, principalmente na sala comercial.
De acordo com Bittencourt, lojas e galpões também vem valorizando muito. “Galpão chega a 15% de valorização, em função do crescimento da área logística. Principalmente nos municípios de Serra, Cariacica, Viana, que tem uma vocação para esse tipo de empreendimento”, analisou.