As “cavernas” da vida e o amor
Eu poderia dizer muitas coisas sobre o emblemático resgate dos 12 meninos, os “javalis selvagens”, e de seu técnico de futebol, na caverna Tham Luang, na Tailândia, ocorrido no mês de julho. Mas acho que o essencial mesmo, nessa linda história de superação, é o amor.
Amor das equipes que se empenharam nessa duríssima missão, dedicando horas e dias a uma operação de risco altíssimo para todos. Amor do mergulhador que morreu por essa causa. Não podemos nos esquecer de Saman Gunan, que sacrificou a própria vida tentando ajudar no resgate.
Amor do técnico de futebol. Sim, do técnico. Que a gente pare de buscar culpados e de atirar pedras. Ele abdicou do alimento pelos meninos, transmitiu a calma primordial para enfrentar uma situação como essa, foi peça fundamental durante os longos dias em que estiveram presos na caverna. É absurdamente desumano culpabilizá-lo.
Amor das famílias, que se uniram na espera paciente e confiante pelos seus, uma ajudando a outra.
Amor de todos que se comoveram, que tiveram empatia real pelo drama das crianças e do técnico e, de alguma forma, emanaram boas energias, seja acompanhando e torcendo por um final feliz ou rezando/orando pelos envolvidos, independentemente de crença ou religião.
É de amor que estamos falando, gente. Que isso nos contagie. Que sejamos capazes de multiplicar esse sentimento de acolhimento e compaixão e levá-lo também para outras “cavernas” da existência, onde quer que exista uma vida sequer “presa” a tantos outros tipos de dor e sofrimento. A empatia, quando verdadeira, pode ser transformadora, pode fazer milagres.
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Reflexão