A Honda conta com um modelo híbrido no mercado brasileiro. Há três motores, sendo dois elétricos – um traciona as rodas traseiras
Por Vagner Aquino (Agência Estado)
Nem motor V6, nem 2.0 turbo. Agora, o que move o Honda Accord é um sistema híbrido. O sedã, que sempre se destacou pela potência, abriu mão dos altos números de desempenho em nome da eficiência. Para isso, a décima geração, que foi lançada em 2018, passou a ter a tecnologia e:HEV. Importado dos Estados Unidos, o modelo tem preço sugerido de R$ 299.900.
Pela primeira vez, a Honda conta com um modelo híbrido no mercado brasileiro. Há três motores, sendo dois elétricos – um traciona as rodas traseiras e outro funciona como um gerador de energia – e um a combustão, de 2 litros e aspirado.
De acordo com a Honda, o modelo é o primeiro de três híbridos que desembarcarão no Brasil até 2023. Os outros são o SUV CR-V e sedã Civic.
Em prol da mobilidade com menos emissões, a derivação e:Technology da Honda visa otimizar as tecnologias de eletrificação de seus veículos. Diferentemente dos híbridos convencionais, o 2.0 do Accord se conecta às rodas por meio da transmissão e-CVT multidisco. Basta acionar o modo Engine Drive
Com isso, a embreagem faz a conexão direta do motor a combustão com as rodas, mas só em velocidade de cruzeiro. Na prática, os motores elétricos só deixam de atuar quando o 2.0, que gera 145 cv e 17,8 mkgf (a 3.500 rpm), opera com alta eficiência energética e acima dos 110 km/h. A potência total combinada não foi divulgada.
Já nos modos EV Drive (100% elétrico) e Hybrid Drive, é o motor elétrico de 184 cv e 32,1 mkgf que movimenta o Accord. Assim, o 2.0 a gasolina opera, na maior parte do tempo, para alimentar o gerador de eletricidade para o motor principal.
Graças a tecnologias como recuperação das forças de frenagem, a Honda informa que o Accord híbrido pode rodar, em média, 17,6 km com um litro de gasolina na cidade. Há três níveis de atuação do sistema de regeneração: Normal, Eco e Sport.
Durante a coletiva de apresentação do modelo para a imprensa, os representantes da Honda foram questionados sobre autonomia em modo puramente elétrico. Disseram que não é possível cravar um número, mas que ele não passa de 1,5 km. A explicação é que baterias de íons de lítio, localizadas sob o assento traseiro, tem apenas 1,3 kW/h.
Além disso, o modelo não é um híbrido do tipo plug-in. Ou seja, as baterias não podem ser recarregadas na tomada.
De acordo com a área de engenharia da marca, tanto os motores elétricos quanto a embreagem de acoplamento do motor 2.0 ficam no espaço do câmbio (e-CVT). Há borboletas atrás do volante para trocas de marcha, mas elas só servem para ajustar a intensidade da aceleração e da frenagem. Isso porque a transmissão do Accord e:HEV não tem relações de marcha.
Visual
O novo Accord recebeu leves retoques no visual. A grade dianteira, o para-choque e os faróis de neblina (de LEDs) são os destaques. Há, ainda, rodas de 17 polegadas com acabamento escurecido.
Nos logotipos, o fundo azulado faz alusão à versão eletrificada. Na cabine, nada mudou. A novidade é a inclusão de equipamentos. Como o novo carregador para celulares e as duas portas USB na parte de trás.
Com informações de Agência Estado