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terça-feira, 30 abril, 2024

Três em cada 10 MEIs no Espírito Santo fecham as portas em até 5 anos

De 28% a 30% dos MEIs no Espírito Santo fecham as portas no prazo de até cinco anos

Por Samantha Dias

Os microempreendedores individuais (MEIs) são os que apresentam a maior taxa de mortalidade em até cinco anos. De 28% a 30% das MEIs no Espírito Santo fecham as portas no prazo de até cinco anos, de acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal e com pesquisa de campo. Ou seja, cerca de 3 em cada 10 MEIs no estado encerram o negócio em até cinco ano.

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A taxa de mortalidade dos microempreendedores individuais capixabas acompanha o cenário nacional, cuja taxa para esse porte de negócio é de 29%. A maior taxa de mortalidade é verificada no comércio, onde 30,2% fecham as portas em 5 anos. Na sequência, aparecem Indústria da Transformação (com 27,3%) e Serviços, com 26,6%. As menores taxas de mortalidade estão na Indústria Extrativa (14,3%) e na Agropecuária (18%).

Já as microempresas têm uma taxa de mortalidade, após cinco anos, de 21,6% e as de pequeno porte, 17%.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o estudo comprova a tese de que quanto maior o porte, maior a sobrevivência, pois o empresário tem mais preparo e muitas vezes opta por empreender por oportunidade e não por necessidade. “Entre os microempreendedores individuais há uma maior proporção de pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o negócio e que, por isso, se capacitam menos e possuem um menor conhecimento e experiência anterior no ramo que escolheram, o que afeta diretamente a sobrevivência do negócio”, afirma Melles.

Segundo o estudo, é possível inferir que a maior taxa de mortalidade dos MEI também esteja associada à extrema facilidade de abrir e de fechar esse tipo de empreendimento, quando comparado às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP). Logo, com a maior facilidade de registro e baixa, passa a ser natural entrar e sair de uma atividade, sem que isso gere implicações burocráticas excessivas.

Covid-19

Quanto menor o porte da empresa, mais difícil obter crédito para manter o capital de giro e conseguir superar obstáculos como os ocasionados pela Covid-19. “Independentemente do porte, mais de 40% dos entrevistados citaram explicitamente como causa do encerramento da empresa a pandemia do coronavírus. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio”, explica o presidente do Sebrae. A pesquisa também detectou que 20% dos antigos empresários reclamaram do baixo volume de vendas e da falta de clientes.

Entre as empresas que encerraram as suas atividades, cerca de 34% dos entrevistados acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa.

Com informações do Sebrae 

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