O número de casos de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentou em 86% no Espírito Santo nos cinco primeiros meses de 2021, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Por Munik Vieira
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), de janeiro a maio deste ano, foram registrados 6,5 mil casos da doença. No mesmo período do ano passado, foram 3,5 mil registros.
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Segundo a médica pneumologista Ciléa Martins, esse crescimento se deve ao aumento de casos de covid-19, além dos vírus que já existem e circulam na sociedade. “A covid-19 é uma doença inflamatória severa, onde o vírus entra no seu organismo e causa os mesmos sinais e sintomas da influenza, mas com suas particularidades”, destacou.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
Segundo a especialista, a SRAG é uma complicação da síndrome gripal. “Os sintomas geralmente são febre acompanhada de dor de garganta ou tosse e pelo menos um dos sintomas: dor de cabeça, dor muscular ou dor nas articulações”, destacou Ciléa Martins.
A evolução para Síndrome Respiratória Aguda acontece quando o paciente apresenta os seguintes sintomas:
• Dispneia;
• Desconforto respiratório;
• Insuficiência respiratória;
• Saturação de oxigênio menor que 95%;
• Exacerbação de doença preexistente.
Confira os dados completos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Espírito Santo
2021
Janeiro: 865 casos
Fevereiro: 918 casos
Março: 1891 casos
Abril: 1.887 casos
Maio: 1.028 casos
2020
Janeiro: 38 casos
Fevereiro: 39 casos
Março: 269 casos
Abril: 1.271 casos
Maio: 1.921 casos
Casos crescem no Brasil
Segundo a Agência Brasil, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tende a crescer na maior parte do Brasil nas próximas semanas, segundo o Boletim InfoGripe, divulgado na última semana, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A análise indica que houve uma retomada precoce das atividades e informa que 96% dos casos de SRAG são causados pelo novo coronavírus.
A tendência de aumento na incidência da doença é mais forte no Amazonas, em Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul, onde a probabilidade de uma alta no número de casos passa de 95%.
O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, disse que a tendência de alta é um efeito da retomada precoce de atividades, o que fará com que o novo agravamento da pandemia parta de patamares ainda elevados de óbitos e hospitalizações.