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quarta-feira, 1 maio, 2024

O típico fraudador brasileiro

O típico fraudador brasileiroUma análise realizada pela empresa KPMG no Brasil e em outros países revela qual é o perfil do típico fraudador de empresas, ou seja, aqueles funcionários, geralmente do staff corporativo, que aplicam golpes na organização. Werner Scharrer, sócio da área de Forensic Services da KPMG no Brasil, explica quem o fraudador brasileiro, como ele age e como as empresas podem se prevenir das fraudes.

1. Quem é o “fraudador típico”?
O fraudador típico no Brasil é homem, tem entre 26 e 40 anos, salário de R$ 1.000 a R$ 2.000 e trabalha na empresa há entre 2 e 5 anos. O fraudador é de dentro da casa vítima de fraude, ou seja, funcionário da empresa e ocupa posição de staff.

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2. Quais os tipos de fraude mais comuns praticadas no Brasil?
Falsificação de cheques e documentos, roubo de ativos e uso de “notas frias”.

3. Qual o tamanho do prejuízo proveniente desses tipos de fraude?
A maioria das fraudes envolve quantias abaixo de R$ 1 milhão. Isso se explica pelo fato de o fraudador pertence ao staff. Ocorre que as fraudes acontecem com maior frequência em posições mais baixas da hierarquia empresarial, envolvendo valores menores. Fraudes cometidas pelo alto escalão são menos frequentes, mas envolvem quantias muito maiores, em função de os fraudadores terem alçadas maiores e mais poder para tomar certas decisões.

4. É possível identificar um fraudador em potencial dentro das empresas? Como?
Em princípio, sim. As pessoas precisam estar atentas a mudanças comportamentais, demonstrações de riqueza repentina, férias ou viagens caras, aquisição de bens de altos valores, entre outros, que podem ser sinais de enriquecimento ilícito. Esses sinais são chamados de “red flags” e devem ser analisados assim que apareçam com o intuito de reduzir eventuais perdas financeiras da empresa, bem como restabelecer os valores morais e valorizar o ambiente ético de trabalho. Também recomenda-se a realização de “background checks” (análise do passado) dos funcionários e colaboradores de forma contínua. Oferecer treinamento contínuo dos valores e das determinações do código de ética ajuda na disseminação e conscientização do que é certo e o que é errado. Posturas mais agressivas, como análise do conteúdo eletrônico (leitura de e-mails), também podem ser adotadas.

5. Como as empresas podem se prevenir?
Isso é um assunto complexo, e começa com a contratação dos profissionais, avaliação dos colaboradores, melhorias dos controles internos, elaboração de um código de ética, treinamento dos funcionários sobre os valores da empresa, implementação de um canal de denúncia, entre outros. Resumindo, adotar uma governança corporativa pautada pelos mais altos valores morais, manifestados em um código de ética que define a tônica da cultura de controles da organização, praticado e vivido por todos os funcionários e colaboradores em um ambiente transparente é um bom começo.

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