Thiago Carreiro é vice-prefeito da Serra e foi alvo de operação da Polícia Federal que investiga uso irregular de dinheiro do fundo eleitoral partidário
Por Robson Maia
O atual vice-prefeito da Serra, Thiago Carreiro (União Brasil), é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) que apura o desvio de dinheiro do fundo eleitoral, utilizado por partidos políticos no financiamento de candidaturas. De acordo com a investigação, o crime teria ocorrido ainda em 2022, quando Carreira disputou as eleições para o cargo de deputado federal.
No fim da última semana, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão na Operação Freeloader, que teve os mandados expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Serra. Além da Serra, também foram cumpridos mandados nos endereços de outros investigados em Vitória e em Cariacica. Celulares, documentos e cerca de R$ 6.700 em dinheiro foram apreendidos.
Carreiro, rompido com a gestão do atual prefeito, Sergio Vidigal (PDT), foi um dos alvos da operação que apura possíveis crimes eleitorais e de lavagem de dinheiro. Ao longo da investigação, de acordo com a Polícia Federal, foram colhidos fortes elementos de que o então candidato teria praticado fraudes com o propósito de se apropriar de recursos da campanha.
A análise da prestação de contas do candidato, na época ocupante de cargo eletivo, evidenciou, segundo a Polícia Federal, que ocorreu a contratação de duas empresas para realização de atividades de marketing eleitoral. Contudo, a investigação constatou que apenas uma das empresas teria executado os serviços.
A segunda empresa teria recebido o valor de R$ 225 mil, sem a execução de qualquer serviço, além de ter realizado diversas transferências bancárias para pessoas físicas e jurídicas ligadas à campanha, segundo apontou a investigação. Paralelamente, o candidato também teria contratado serviços em valores superfaturados que ultrapassaram em mais de 1.200%, os valores de mercado.
“Dentre os serviços, pode-se citar a contratação de dois assessores do gabinete do próprio candidato (que estavam licenciados durante o período eleitoral) para que atuassem como coordenadores da campanha, pelo valor de R$ 60 mil cada. De igual forma, também teriam sido contratados outros dois coordenadores de campanha, pelo valor de R$ 35 mil e R$ 36 mil, respectivamente”, informou a polícia.
Em resposta à operação, Carreira afirmou se tratar de um “ataque político”. O parlamentar disputará as eleições municipais, concorrendo a um cargo no Legislativo da Serra.
“Sem nenhuma surpresa, recebi hoje uma visita da Polícia Federal para apurar uma denúncia feita durante as eleições de 2022. A perseguição política que venho sofrendo desde quando me posicionei contra projetos pessoais de poder na Serra aumenta em mais um nível e a uma semana das eleições”, publicou o pré-candidato.
Confira o pronunciamento completo de Carreiro no vídeo abaixo.
“A velha política está desesperada e a forma deles atacarem e tentarem me calar é essa, mas não vão conseguir. Vou seguir ainda mais motivado a minha jornada, me defender dessa calúnia de frente com o apoio da minha família e com amor a Serra.”, complementou.