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quinta-feira, 2 maio, 2024

Vereadores decidem liberar Uber em Vitória

Por 8 votos a 5, os vereadores de Vitória mantiveram o veto do prefeito Luciano Rezende (PPS) ao projeto que proíbe o Uber na Capital.

A legislação municipal permanece sem proibição ao funcionamento do Uber, serviço mundial de transporte de passageiros. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (12) pelos votos dos vereadores Davi Esmael (PSB), Devanir Ferreira (PRB), Fabrício Gandini (PPS), Luiz Emanuel (PPS), Marcelão (PT), Nammy Chequer (PCdoB), Reinaldo Bolão (PT), Sérgio Magalhães (PTB) e Vinícius Simões (PPS).

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A votação, que aconteceu no plenário, começou por volta das 16h e terminou pouco antes das 18 horas. Contra a liberação da Uber na capital, se posicionaram os vereadores Rogerinho Pinheiro (PHS), autor do projeto que pretendia vetar o aplicativo na cidade, Max da Mata (PDT), Neuzinha (PSDB), Wanderson Marinho (PSC) e Zezito Maio (PMDB).

Um dos que votaram a favor do projeto, Gandini afirmou que tomou uma posição a partir de estudos e de ouvir a opinião pública. “As pessoas querem muito um novo serviço de transporte. Pelas manifestações em minhas redes sociais ficou clara a insatisfação com o serviço de táxi e a defesa muito forte de poder existir uma concorrência para melhorar o serviço de taxi”, completou o vereador. Gandini informou ainda que fez uma enquete em uma de suas redes, e que cerca de 97% dos quase mil participantes queriam a liberação do aplicativo.

Já para o vereador Zezito Maio o Uber não é constitucional. “Votei contra o Uber porque acho que eles querem enfiar um projeto que não é constitucional. Se for um projeto que está previsto na Constituição, se tiver regulamentado, vou ser favorável. Mas enquanto isso não acontecer eu sou contra”, disse.

O projeto que pretendia proibir a Uber em Vitória começou a tramitar em agosto de 2015. Entretanto, seguindo o parecer da Comissão de Justiça, Serviço Público e Redação, o prefeito Luciano Rezende vetou a proposta de Rogerinho Pinheiro, ligado à categoria dos taxistas – a qual pertenceu por mais de 15 anos. De acordo com a assessoria de imprensa da Uber, o serviço estuda operar em Vitória ainda neste ano. Atualmente, dez cidades brasileiras – e outras 394 em todo o mundo – têm acesso ao aplicativo.

Por volta das 16h30, taxistas realizaram um protesto em frente à Prefeitura e à Câmara de Vereadores de Vitória e interditaram uma das pistas nos sentido Praia do Canto – Centro. A categoria classifica o Uber como desleal. “Como taxista, a gente paga imposto, taxas à Prefeituras, valores altíssimos pelas placas, pelo direito de ser taxista. Nós trabalhamos com taxímetro, com valor pré-determinado. E o Uber não tem nenhum desses custos, por isso pode oferecer uma corrida com valor muito mais baixo. Nós vamos perder muito com isso. É muito desleal a diferença de obrigações e direitos entre os dois serviços”, destacou Luiz Henrique Bandeira. 

A deslealdade entre os dois sistemas é tamanha, que países que antes autorizaram o Uber, hoje proíbem, como aconteceu na Alemanha, na Índia, no Japão e recentemente na França”, destaca Carlos Mapa. Quanto à defesa da opinião pública pelo novo sistema, Mapa não deixa de fazer uma critica à categoria: “Falta união da categoria e infelizmente temos alguns taxistas que não atendem o passageiro da forma correta, com respeito, outros não agem com honestidade nos trajetos e buscam aumentar o custo, mas isso é uma minoria. O problema é que o que é muito ruim, acaba sendo generalizado como se todos fizessem”, enfatizou

 

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