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quarta-feira, 1 maio, 2024

União Europeia pressiona por criação de Estado palestino

A UE é o principal bloco de ajuda aos palestinos, mas tem pouca influência sobre Israel, que discorda da solução dos dois Estados

Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) insistiram, nesta segunda-feira, que a criação de um Estado palestino é a única forma crível de alcançar a paz no Oriente Médio e expressaram preocupação com a clara rejeição da ideia pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“As declarações de Benjamin Netanyahu são preocupantes. Será necessário um Estado palestino com garantias de segurança para todos”, disse o ministro francês de Relações Estrangeiras, Stephane Sejourne, aos jornalistas em Bruxelas, onde os ministros da UE se reuniram para discutir a guerra em Gaza.

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O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, e seu colega da mesma pasta da Jordânia, Ayman Safadi, também estiveram na capital da Bélgica para participarem das conversas. A questão do futuro de Gaza também colocou Israel em oposição aos Estados Unidos e aos seus aliados árabes, enquanto estes trabalham para mediar o fim dos combates no território palestino sitiado.

O número de mortos palestinos na guerra entre Israel e o Hamas ultrapassou 25 mil, informou o Ministério da Saúde na Faixa de Gaza, governado pelo Hamas. Israel disse, no domingo, que houve a morte de um dos reféns feitos durante o ataque de 7 de outubro que desencadeou o conflito.

A UE é o principal bloco de ajuda aos palestinos, mas tem pouca influência sobre Israel, apesar de ser o seu maior parceiro comercial. Os 27 países membros também estão profundamente divididos na sua abordagem. Mas à medida que aumenta o número de mortos em Gaza, crescem os apelos para o fim dos combates.

“Gaza está numa situação de extrema urgência. Existe o risco de fome. Existe o risco de epidemias. A violência tem de parar”, afirmou o Ministro de Relações Exteriores belga, Hadja Lahbib, cujo país detém a presidência rotativa da UE.

“Exigimos um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns, o respeito pelo direito internacional, (e) um regresso ao processo de paz, que deve levar à criação de dois Estados que vivam em paz lado a lado”, disse Lahbib, descrevendo uma solução de dois Estados como “a única forma de estabelecer a paz duradoura na região”.

Israel parece distante de atingir seus objetivos de esmagar o Hamas e libertar os mais de 100 reféns restantes. Mas Netanyahu rejeita a criação de um Estado palestino e parece querer um controle militar ilimitado sobre Gaza.

A disputa sobre o futuro do território surge em um momento em que a guerra continua sem fim à vista e coloca a UE, os Estados Unidos e os seus aliados árabes contra Israel.

A UE convidou os ministros de Israel, dos palestinos, do Egito, da Jordânia e um representante da Liga Árabe para participarem nas conversas desta segunda-feira. Os ministros de Israel e dos palestinos não deveriam se encontrar.

Os ministros europeus pretendiam ouvir os outros planos de Israel

“Quais são as outras soluções que eles têm em mente?”, perguntou o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, que presidiu a reunião. “Para fazer todos os palestinos partirem? Matá-los?

Borrell condenou o que descreveu como as atrocidades cometidas pelo Hamas durante os ataques sem precedentes de 7 de outubro no sul de Israel. Referindo-se à ação militar israelense, ele disse: “Eles estão semeando o ódio por gerações”.

“A paz e a estabilidade não podem ser construídas apenas por meios militares”, disse ele.

A Espanha pressionou por uma conferência de paz para discutir o cenário quando os combates terminarem. Está em preparação uma futura reunião em Bruxelas, mas o calendário permanece em aberto O plano tem o apoio de alguns países membros da UE, mas outros dizem que só poderá acontecer com o apoio de Israel.

“Se Israel não estiver na mesa, não adianta realizar conferências de paz”, disse o ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Xavier Bettel. Ele disse que, após recentes discussões com autoridades israelenses, ficou claro para ele que o país não estará pronto enquanto acreditar que o Hamas ainda representa um perigo.

Ao chegar à reunião, Katz, de Israel, recusou-se a responder quando questionado sobre a possibilidade de um Estado palestino. Segurando fotos de reféns israelenses, Katz disse que veio buscar apoio para a campanha de Israel para desmantelar o Hamas

“Temos que trazer de volta nossa segurança. Nossos bravos soldados estão lutando em condições muito difíceis”, disse a repórteres. Os objectivos do governo israelense, disse Katz, são claros: “trazer de volta os nossos reféns e restaurar a segurança dos cidadãos de Israel”. Com informações de Agência Estado

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