Nesta semana, quatro exposições estreiam na Grande Vitória
Por Rafael Goulart
No Museu de Arte do Espírito Santo (Maes), está aberta a exposição “Modernidade Cultura e Paisagem” que reúne uma seleção de 11 obras do acervo do Maes para discutir a relação entre a paisagem e os processos de modernidade.
Artistas como Dionísio Del Santo, Raphael Samú, Maurício Salgueiro, Levino Fanzeres, Celina Rodrigues, Rosana Paste, entre outros, terão suas obras expostas em diálogo com registros históricos dos avanços civilizatórios.
A exposição é gratuita e vai até novembro. O Maes funciona de segunda a sexta, das 10h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.
Olhos que acolhem
A Exposição Fotográfica “Olhos que Acolhem”, que retrata o cotidiano de crianças e adolescentes que estão nos serviços de acolhimento do município de Vitória, chega ao Tiffany Center, em Vitória. A mostra, aberta nesta terça-feira (23), às 14 horas, fica no espaço até a próxima sexta-feira (26), com horário de visitação das 8h às 18h.
Organizada pela Secretaria de Assistência Social de Vitória (Semas), por meio do Serviço Família Acolhedora, a exposição reúne fotos produzidas pela fotógrafa Tatiana Pezzin em um apelo para que os visitantes voltem seus olhares as crianças e adolescentes que aguardam acolhimento.
Paisagem ainda que
Nesta quinta-feira (25), as obras do artista mineiro Manfredo de Souzanetto estarão expostas na Matias Brotas Arte Contemporânea. O vernissage da exposição “Paisagem ainda que” acontece com exibição do documentário que conta a vida e processo criativo do artista, além de um bate-papo com Juarez Soares, primeiro capixaba a chegar ao cume do Monte Everest.
A exposição ficará aberta ao público para visitação gratuita de 26 de maio a 28 de julho. Segundo o próprio artista, o nome da exposição foi propositalmente pensado para deixar em aberto o sentido da obra, abrindo um leque de interpretações e significados, ampliando assim a percepção do espectador, que tem um olhar desde os pigmentos naturais às madeiras como também ao formato das obras e a textura da superfície pictórica.
E Eu, Mulher Preta?
Já no sábado (27), será aberta a exposição “E Eu, Mulher Preta?” na Galeria Homero Massena, no Centro de Vitória. A visitação é gratuita de segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábados e feriados das 10h às 16h.
A exposição busca debater o empoderamento coletivo como estratégia de resistência; questões como a violência contra a mulher negra; padrões de beleza impostos pela sociedade eurocêntrica; os afetos; o autoconhecimento; e práticas e tradições religiosas de matriz africana.
Quando fecho os olhos, vejo mais
Ainda no sábado (27), acontece no Parque Moscoso “Quando Fecho os Olhos Vejo Mais Perto”, a partir dàs 18h. Serão 32 fotografias realizadas por 12 participantes da Escola de Fotógrafos Cegos.
“A metodologia foi desenvolvida pelos artistas da Cia Poéticas e incluiu a transmissão de conceitos operadores da prática fotográfica, como enquadramento, zoom e desfoque”, explica Rejane. “Foram exercitados modos diferentes de fotografar, desde o plano aberto, a imagem focada em cor, até o ‘objeto transbordante’ de um ‘big close’, com áreas desfocadas em preto e branco.”
A artista Bárbara Bragato, responsável pela curadoria das imagens, afirma ter sido um desafio para ela, como vidente, entender o mundo dos “não-videntes” – os cegos – e reconhecer que existem diferenças de linguagem e comunicação. “Uma coisa que a exposição me fez pensar é que existem muitas outras formas de enxergar sem necessariamente a gente ver. Existe uma diferença muito grande entre ver e enxergar.”
Maior nome da fotografia cega no Brasil, o fotógrafo João Maia estará presente na abertura da exposição.
Poesia em Preto e Branco
No município de Anchieta, acontece a exposição “Poesia em Preto e Branco” do artista Renato Filho que retrata em 20 telas em grafite seu olhar sobre a “Nova Itaúnas” – famosa vila de Conceição da Barra.
A abertura da exposição será 2 de junho, a partir das 20h, no CEU das Artes, com um vernissage que inclui um show de forró pé de serra com o Forró Maruí, ajudando a remontar um pouco do clima da Vila de Itaúnas.
A exposição é realizada com recursos do Fundo Estadual de Cultura (Funcultura) e conta com apoio da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Espírito Santo e Prefeitura Municipal de Anchieta, por meio da Gerência Estratégica de Cultura e Patrimônio Histórico de Anchieta (GECPH).