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quinta-feira, 24 DE abril DE 2025

Polêmica envolvendo Pazolini no Carnaval ganha nova versão

Prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini foi agredido durante discussão no desfile de Carnaval; Envolvido no caso apresenta versão

Por Robson Maia

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, do Republicanos, esteve envolvido em uma polêmica na segunda noite dos desfiles de carnaval das escolas de samba do Espírito Santo, no último sábado (22). O gestor foi agredido após uma confusão com foliões em região próxima aos camarotes.

O caso ocorreu por volta das 3h da madrugada já do domingo (23), quando a Mocidade Unida da Glória (MUG) se apresentava na avenida e rapidamente ganhou notoriedade nas redes sociais. Na imagem publicada por foliões presentes, o prefeito aparece filmando e confrontando um folião presente em uma zona próxima a um dos camarotes, quando tem o celular arrancado pelo homem.

A partir deste momento instaurou-se uma confusão, que resultou em agressões contra o homem – que foi imobilizado por seguranças de Pazolini – e contra o prefeito, que teve o rosto atingido por um pano pela acompanhante do envolvido no tumulto. O gestor da capital chegou a cair no chão da avenida, mas prontamente se levantou.

Na versão de Pazolini, o homem em questão estaria portando arma de fogo em local visível e teria agredido uma mulher que trabalhava na segurança do evento. Segundo a equipe do gestor, a segurança no local identificou o homem como Sérgio Luiz Anechini, coronel da Polícia Militar do Espírito Santo. Já a mulher que atingiu Pazolini seria esposa do militar.

“O prefeito visualizou um homem sem camisa, com uma pistola presa na parte de trás da bermuda, e decidiu registrar a cena em vídeo para documentar que o indivíduo apontado como agressor estava armado. Ao perceber que estava sendo filmado, o homem subtraiu o celular das mãos do prefeito”, comunicou a assessoria do prefeito.

Confira o vídeo do caso abaixo

Coronel nega versão de Pazolini 

O coronel Sérgio Luiz Anechini negou as acusações do prefeito e da equipe do gestor e afirmou não ter agredido a mulher que realizava a segurança do evento. Ainda de acordo com o militar, em nenhum momento ele fez menção de sacar a arma.

O militar informou que teve o acesso negado a uma determinada região do sambódromo, apesar de portar a pulseira que permite a entrada no local. Segundo Anechini, que realiza a segurança do governador Renato Casagrande, do PSB, em outros momentos da noite ele teria tido acesso ao local que posteriormente foi impedido de adentrar.

“No sábado, a pulseira era da cor vermelha e tinha a mesma finalidade, de acesso livre. Assim que eu deixei o governador em uma área com outros seguranças, eu fui atender minha esposa, que estava em outro camarote. O mesmo corredor em que fui proibido de passar momentos antes da confusão, eu já havia passado cinco vezes só naquela noite, sem nenhuma restrição e com liberação de seguranças de camisa preta.”

Anechini relatou que ao retornar pelo mesmo corredor com a esposa, ela foi liberada e ele teria sido barrado, desta vez por um segurança com outra vestimenta. Com a negativa, ele mostrou a pulseira e alegou que que tinha acesso e estava apenas indo para o seu camarote de origem.

“Ele me disse que ‘eu não havia entendido e que não passaria lá sob hipótese nenhuma’. Eu achei estranha a frase, por se tratar um corredor. Quando tentei passar, comecei a ser agredido e rasgaram a minha blusa e ouvi alguém avisar que eu estava armado. No intuito de proteger a arma, vesti rapidamente o abadá que estava pendurado na minha bermuda.”

O subsecretário da Casa Militar do Espírito Santo explicou que o prefeito e sua equipe já “estavam ali com o celular e câmeras apontadas”. Ele supõe que tudo já estava organizado por conta da oposição ao governador.

“Em outras ocasiões, nós percebemos ele até um pouco descontrolado e descompensado emocionalmente com a presença do governador. A cena aconteceu coincidentemente quando ele está próximo de uma área que é de passagem e quando eu tinha absoluta permissão para transitar”, apontou Anechini

Após tirar o telefone da mão do prefeito que o filmava, ele afirma ter sido mobilizado por um homem que possuía a mesma pulseira que a sua e estava transitando na pista de desfile. “Fui imobilizado, não reagi e minha esposa, na tentativa de afastá-lo, utiliza o pano da minha camisa e ele simula a queda.”

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