A pesquisa trará a expectativas das famílias em relação ao desfecho da luta do Espírito Santo na defesa dos royalties do petróleo e do fim do Fundap
A revista ES Brasil trará em maio a quarta edição de sua exclusiva pesquisa Top Marcas. Consolidada pelo mercado, a pesquisa é hoje vista como uma ferramenta estratégica de grande importância para empresários, líderes e empreendedores capixabas. Entre as novidades para 2012, a Top Marcas indentificará a perspectiva de investimento das famílias das classes A e B para bens de consumo duráveis, principalmente, carro e imóvel, além de mostrar o perfil do investidor no mercado financeiro.
De acordo com Anselmo Hudson, diretor da Merccato – empresa que realiza o levantamento para a Next Editorial -, o número de questões de ordem econômica e social da Top Marcas aumentou. Segundo ele, isso possibilita uma identificação e qualificação melhor do público alvo. Além das segmentações de gênero e idade, será possível detalhar, por exemplo, o estado civil do entrevistado, sua religião e principal ocupação profissional. Fora as questões de lembrança da marca, principal informação da pesquisa.
“Essas segmentações possibilitam entender melhor a orientação do consumo das famílias, informação de grande utilidade para os gestores de marketing das empresas. Os tomadores de decisão inseridos no mercado já reconhecem a Top Marcas como um produto confiável para medir e orientar as decisões de marketing de suas respectivas empresas”, destacou Hudson.
A pesquisa é uma análise completa dos hábitos de consumo acerca de produtos, serviços e empresas. A metodologia adotada esse ano seguiu os mesmos parâmetros dos anos anteriores. Assim, 400 consumidores, com renda mensal igual ou superior a R$ 5 mil, foram ouvidos em Vila Velha (Centro, Praia da Costa, Praia de Itapoã e Itaparica), Vitória (região norte da cidade, entre os bairros Enseada do Suá e Jardim Camburi) e Serra (Sede e Avenida Central).
O diretor da Merccato adiantou que a pesquisa também perguntou sobre as expectativas das famílias das referidas classes em relação ao desfecho da luta do Espírito Santo na defesa dos royalties do petróleo e do fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias, o Fundap.
Royalties e Fundap
Segundo o economista, mestre em planejamento, coordenador da PG em Inteligência Competitiva e das Graduações em Gestão Empresarial, Gestão de Vendas e Marketing, Wallace Millis a urgência na tramitação nos projetos de lei que visam a redistribuição dos recursos dos royalties do petróleo e a redução das alíquotas interestaduais de ICMS do Fundap não tem justificativa técnica ou política. “Impor medidas de caráter fiscal com profundas implicações no pacto federativo sem um amplo debate de causalidades é uma ação até juridicamente irresponsável, pois há flagrante ruptura de contratos e descaso com um mecanismo de fomento constituído há mais de quatro décadas. Uma completa desarticulação do passado e do futuro capixaba: em função da lógica fundapeana, estruturou-se uma história de desenvolvimento regional.”
Millis declara ainda que em função dos recursos do petróleo, pensava-se estruturar o futuro do desenvolvimento regional, “No presente, inviabiliza-se a organização administrativa e financeira do estado do Espírito Santo e seus municípios. Tempos sombrios de incapacidade de investimento público estão no porvir do açodamento das mudanças institucionais. E tudo isso não trará ganhos de arrecadação significativos para outros estados nem tampouco melhor eficiência na política tributária nacional. Trata-se apenas de um estrago que se sobrepõe a outro e deixam apenas promessas compensatórias pouco confiáveis.”
Mercado e a competição
As principais tendências de mudanças no ambiente contemporâneo de negócios são a volatilidade dos mercados, a desregulamentação de atividades, a intensidade da mudança tecnológica e a nova autoridade dos consumidores. Para Millis, “O resultado de tais processos é uma hipercompetição que cria tanto mais exigências ao empresário quanto reduz suas margens de rentabilidade. Mercados em competição extrema exigem que as inovações e diferenciações estejam no centro da estratégia de negócios. Todavia, com a redução de barreiras à entrada nos mercados, a concorrência predatória, espúria e imitativa desqualifica o mercado. De tal forma que a valorização das marcas passa a ser imperativo em todo esforço de inovação e diferenciação”, declara.
Importância do Top Marcas para o mercado capixaba
Segundo o economista Millis, “O Top Marcas funciona como importante sinalizador de mercado, que tanto exalta as melhores práticas competitivas quanto reduz efeitos do risco moral das práticas desleais de mercado. Portanto, o Top Marcas afirma-se como um instrumento de celebração de direitos autorais e desenvolvimento de mercados.”
