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quarta-feira, 8 maio, 2024

Oftalmologistas explicam os principais riscos e cuidados da alto miopia

Alta miopia: quais as características e riscos dessa disfunção visual? Os Oftalmologistas explicam os cuidados e risco desta doença 

Pessoas com mais de 6 graus de miopia podem apresentar sintomas mais acentuados. Por isso, é essencial estar em dia com suas consultas oftalmológicas e exames regulares

Além disso, estão mais propensas ao desenvolvimento de doenças oculares graves, como: glaucoma, catarata, deslocamento de retina e degeneração macular

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A miopia é uma das disfunções visuais mais comuns em todo o mundo, causando aos seus pacientes apresentarem dificuldades em focalizar objetos e imagens a longa distância, que ficam com um aspecto “turvo”.

“É considerado alto míope quando grau acima de seis dioptrias. Como seu olho é um pouco mais alongado, as estruturas dentro do olho são mais esticadas. O grande perigo do alto míope é o descolamento de retina. O paciente alto míope tem que ter o cuidado de evitar trauma no olho, atividade física que exija muito esforço físico, porque se levar uma bolada no olho pode ser perigoso, pois o desolamento de retina poderia ocasionar a cegueira”, disse o oftalmologista Myke Carlos da Silva.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 60 milhões de brasileiros, ou mais de 25% da população, são míopes. Esse número ainda sofreu um aumento considerável durante a pandemia de Covid-19, como apontou um estudo publicado em 2021 pela revista científica The Lancet.

Segundo o levantamento, feito com oftalmologistas de toda a América do Sul, o isolamento social fez os índices de miopia progredirem cerca de 40% entre os jovens de 5 a 18 anos, que passaram a ficar mais tempo em contato direto com as luzes prejudiciais dos aparelhos eletrônicos.

Apesar de presente em uma grande parcela da população, sabe-se que a doença não afeta a todos da mesma maneira.

“A miopia geralmente ocorre quando a córnea do paciente é mais curva ou quando o comprimento de olho é maior do que o habitual, fazendo com que o foco das imagens ocorra na parte da frente da retina, quando deveria se formar atrás dela”, afirma médico oftalmologista do Instituto Penido Burnier e especialista em catarata, glaucoma e cirurgia refrativa Kleyton Barella

Essas características interferem no tipo de disfunção visual do paciente, que pode apresentar: baixa miopia (até 3 graus), média miopia (de 3 a 6 graus) e alta miopia (acima de 6 graus).

“O paciente com alta miopia deve fazer exame oftalmológico pelo menos uma vez por ano até para fazer o exame de mapeamento de retina. Se tiver uma ruptura ou um buraco na retina, o recomendável é fazer um lazer para proteger a sua retina para evitar o descolamento de retina”, explica o oftalmologista Myke.

Desta forma, aqueles que são diagnosticados com alta miopia podem apresentar sintomas ainda mais acentuados, com fortes dores de cabeça, olhos vermelhos, incômodos frequentes na visão e até dificuldades em realizar tarefas simples, como ler um livro ou usar o computador.

Além disso, pessoas com altos graus de miopia estão mais propensas a sofrerem com cegueiras e outros problemas oculares graves, como glaucoma, catarata, deslocamento de retina, degeneração macular, entre outros.

Para evitar um possível agravamento da doença, pessoas míopes, sobretudo aquelas com média e alta miopia, devem adotar tratamentos corretivos o quanto antes, como o uso correto de óculos de grau e lentes de contato, por exemplo.

“É primordial que haja um acompanhamento frequente junto ao médico oftalmologista, que poderá analisar cada caso individualmente e indicar ao paciente as melhores soluções para que ele volte a enxergar e possa realizar as suas atividades diárias de forma confortável e prazerosa”, complementa Barella.

Além das visitas regulares ao oftalmologista, pessoas míopes podem prevenir as complicações da doença com o uso de óculos e lentes de qualidade, especialmente aquelas com altos índices refrativos, que permitem a confecção de lentes mais finas, já que a espessura costuma ser um fator primordial para a autoestima de quem usa óculos.

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