Somente nos primeiros 40 dias de 2025, Casagrande anunciou 5 mudanças no secretariado estadual

Por Robson Maia

Não é só no futebol que ficou comum as cinco alterações em uma equipe. Só em 2025, o Governo do Espírito Santo já realizou cinco trocas no secretariado estadual, com a chegadas de ex-prefeitos, líderes partidários e até de um deputado estadual para compor o time do Executivo do Palácio Anchieta.

As mudanças ocorreram nas seguintes pastas: Saúde (Sesa), Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Desenvolvimento (Sedes), Turismo (Setur) e Recuperação do Rio Doce (Serd). Deixam as pastas Miguel Duarte, Marcus Vicente, Ricardo Ferraço, Phillipe Lemos e Ricardo Iannotti, respectivamente.

Assumem a “titularidade” nas funções o deputado estadual licenciado, Tyago Hoffmann, do PSB; Marcos Aurélio, do PP; o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, do PDT; o ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho, do PSB; e o ex-prefeito de Colatina, Guerino Balestrassi, do MDB. Confira as mudanças no quadro abaixo.

As mudanças já fazem parte dos planos políticos do Governo do Estado para 2026, ano em que as movimentações devem ser intensas, sobretudo no cenário em que Renato Casagrande, do PSB, não disputou diretamente o Palácio Anchieta. O fortalecimento das relações com os partidos da base e a ampliação do diálogo com outras legendas, como o PP, é parte fundamental da construção do projeto político da atual gestão.

Entre as siglas que poderiam compor ainda as movimentações dos secretários está o Podemos, com o presidente estadual do partido, o deputado federal Gilson Daniel. No entanto, o parlamentar não chegou para o time do Executivo de Casagrande em função da suplência na Câmara Federal ser o candidato derrotado em Vila Velha e ex-secretário de Segurança, Coronel Alexandre Ramalho. O militar da reserva hoje compõe a oposição, sendo filiado ao PL.

Mudanças em pastas estratégicas

As secretarias em que ocorreram as cinco mudanças até no Governo do Estado estão entre as pastas com maior poder orçamentário e de visibilidade em 2025. Hoffmann, por exemplo, comandará a pasta com maior orçamento entre todas as 26 do Executivo, na quantia de R$ 4,7 bilhões.

Já a Sedurb, que passa para o controle do Progressistas, terá orçamento de quase meio bilhão, além de entregas constantes em municípios do interior capixaba. A grande visibilidade, nesse caso, é um dos fatores que aumentam a importância do cargo.

No caso do MDB, que terá Guerino na Secretaria de Recuperação do Rio Doce, será responsável pelo controle de todo o recurso recebido pelo estado no pacto da Tragédia de Mariana, ou seja, uma quantia que ultrapassa R$ 14 bilhões ao longo dos próximos anos.