Queda deve ir de 4,65% para 4,63%. Análise foi divulgada na manhã desta segunda-feira (30), pelo Banco Central, após ouvir mais de 100 instituições financeiras.
Por Cristiano Stefenoni
Em nova projeção, analistas financeiros preveem uma queda da inflação de 4,65% para 4,63% em 2023. A estimativa foi divulgada na manhã desta segunda-feira (30), pelo Banco Central, por meio do relatório Focus, após ouvir mais de 100 instituições financeiras.
Importante ressaltar que esse percentual segue dentro da meta central da inflação, que foi estimada para este ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, sendo considerada aceitável quando fica dentro da margem entre 1,75% e 4,75%.
Se confirmadas as expectativas, será interrompida uma sequência de dois anos de descumprimento da meta, sendo 10,06% em 2021 e 5,79 em 2022. Essa redução nas estimativas se deve, em grande parte, pela queda no resultado oficial da inflação de setembro, que ficou em 0,26%.
Já para o ano que vem, o mercado espera algo ainda mais desafiador, visto que a estimativa é de alta, indo de 3,87% para 3,90%, mas a meta do Copom é de baixa, ficando em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.
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Na prática, isso influencia diretamente no bolso do consumidor. Isso porque o Banco Central usa essas estimativas para definir a taxa básica de juros Selic. Por uma medida mais conservadora, o BC tende a adotar a estimativa de alta de 2024 e não a da queda deste ano. Ou seja, juros mais altos, sobe o preço dos produtos e reduz o poder de compra.
Já com relação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, os analistas financeiros preveem uma queda de 2,90% para 2,89%.