O Espírito Santo é hoje um dos que mais mata mulheres negras no país. Em todo o Brasil, 68% das mulheres assassinadas são negras. Os dados são do Atlas da Violência 2020
Fundamentado nesses índices, o Coletivo Emaranhado criou o espetáculo colaborativo de dança contemporânea “Abajur Cor de Carne – Cartografia pela Dança”, que denunciava a cultura de violência de gênero que vão de ações sutis no cotidiano até chegar ao feminicídio.
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As questões abordadas no trabalho artístico geraram, por sua vez, o livro “Abajur Cor de Carne – Cartografia pela Dança: possíveis epistemologias de uma arte negro-brasileira”, organizado por Maicom Souza, e lançado gratuitamente em parceira com a editora capixaba Cousa, com apoio da Lei Aldir Blanc e da Secult do Espírito Santo.
“O espetáculo é uma proposta concreta em favor das mulheres, principalmente as negras e, apesar do elenco não ser composto apenas por pessoas negras, o corpo de artistas é um signo do saber, produzido e memorizado na relação ontológica do cotidiano negro afrodiaspórico”, explica Maicom Souza.
O espetáculo “Abajur Cor de Carne – Cartografia pela Dança” estreou em 2019, em Vitória, cidade que é tema da escrita do livro. Para a publicação dos textos, os autores reuniram-se durante alguns meses e a partir de pesquisas, conversas, trocas, questionamentos e movimentos surgiu o livro.
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