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quinta-feira, 4 DE julho DE 2024

Inteligência artificial é prioridade na agenda de transformação digital do varejo, diz estudo

Principais áreas de foco dos investimentos das empresas do comércio são e-Commerce (69%), CRM (69%) e omnicanalidade (65%)

Por Redação

O varejo brasileiro continua acelerando seus investimentos em transformação digital e reforçando a digitalização de mais áreas de seus negócios. A 6ª edição do estudo “Transformação Digital no Varejo Brasileiro”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o OasisLab, e apoio Cielo, mostra que 48% das empresas pretendem investir mais em transformação digital neste ano, sendo que em 46% delas o investimento supera 0,45% do faturamento bruto.

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Em 2024, as principais áreas de investimento em transformação digital deverão ser as vendas online (foco de 69% dos varejistas entrevistados), CRM (69%) e omnicanalidade (65%). Para o varejo, os maiores benefícios trazidos pelos investimentos em transformação digital são o aumento da receita da empresa (77%) e o engajamento do consumidor (77%).

O estudo faz uma radiografia dos investimentos em transformação digital, da automação e treinamento dos funcionários nas empresas do varejo brasileiro, assim como do uso das ferramentas de inteligência artificial nos pontos de venda. Os números mostram que a transformação digital se tornou prioridade estratégica para 63% dos entrevistados, e faz parte do desenvolvimento estratégico, com investimentos e ações definidas.

“A digitalização no varejo e adoção de diversas tecnologias é a realidade dos negócios. A transformação digital passou a ser uma agenda essencial, estratégica e de garantia de competitividade das empresas”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.

Multicanais

Embora as principais áreas de investimento em transformação digital sejam e-commerce, omnichannel e experiência do cliente, seu alcance vai muito além. Mais da metade dos varejistas entrevistados estão incorporando a transformação digital às áreas de operações e infraestrutura, enquanto 31% estão investindo em ações na área logística. “Esses números mostram que a transformação digital tem um impacto amplo nos negócios, impactando as mais diversas áreas do dia a dia das empresas. É uma mudança de mindset que coloca o cliente como foco das ações e muda a maneira como os gestores têm de encarar suas atividades”, analisa Terra.

De acordo com a análise, a transformação digital do varejo não é apenas uma forma de buscar aumento de produtividade ou crescimento imediato das vendas: 77% dos varejistas entrevistados afirmam que a transformação digital também aumenta o engajamento dos consumidores. “O investimento em transformação digital traz maior envolvimento dos consumidores com a marca. Em um mundo volátil que se depara com crises dos mais variados tipos, os negócios precisam se adaptar à nova realidade digital”, explica Helio Biagi, Co-Fundador do OasisLab Innovation Space.

Com o avanço da transformação digital dos negócios, também cresce o grau de automação das atividades cotidianas. Atualmente, 32% dos varejistas acreditam estar bastante ou muito automatizados em suas atividades, enquanto 41% se colocam em um estágio mediano nesse processo. “Fornecer serviços melhores, mais rápidos e eficientes se tornou uma necessidade estratégica – e o varejo tem trabalhado forte para dar esse salto de qualidade”, analisa Eduardo Terra.

Estanislau Bassols, presidente da Cielo, reforça que, embora o investimento em transformação digital seja uma realidade no Varejo, ainda há algumas barreiras a serem vencidas: “Como uma companhia que fomenta e incentiva a disseminação de dados para auxiliar negócios em todo o Brasil, a Cielo entende que as necessidades do varejo estão em transformação frente às evoluções tecnológicas e digitais. Sobre esse assunto, a pesquisa mostra que os aspectos financeiros (32%), de mudança da cultura organizacional (28%) e em processos (24%) ainda representam dificuldades para evoluir ainda mais na digitalização. É algo relevante, que devemos ter atenção para seguimos no caminho certo e no propósito de simplificar e impulsionar negócios”. 

Para o Presidente da SBVC, os dados do estudo sugerem que a Transformação Digital do varejo está cada vez mais madura. “As mudanças culturais e de comportamento que vieram à tona com a pandemia levaram o varejo a se tornar mais ágil, desenvolvendo times horizontais e se apoiando em tecnologia para vencer os desafios internos e externos”.

Metodologia

O estudo se baseou em pesquisas exploratórias com os executivos responsáveis pela Transformação Digital nas empresas de varejo. Partindo de uma amostra de 30 dos maiores players do mercado brasileiro, em 8 diferentes segmentos (moda, calçados e artigos esportivos; super, hiper, atacarejo e conveniência; lojas de departamento, artigos do lar e mercadorias em geral; drogarias e perfumarias; foodservice; eletromóveis; material de construção; e outros segmentos), o estudo ouviu empresas de diferentes faixas de faturamento (11% entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão, 41% entre R$ 1 bilhão e R$ 3 bilhões e 48% acima de R$ 3 bilhões anuais) para apresentar um painel claro do desenvolvimento da Transformação Digital do varejo brasileiro.

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