No mês de agosto, a produção no Estado aumentou 7,5% em relação ao mês anterior. Acumulado no ano chega a 3,7%.
Depois de amargar uma queda de 18% em 2016, a indústria capixaba se recupera e sinaliza um crescimento positivo para este ano. Esta é a expectativa do presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Léo Castro. Ele informou nessa terça-feira (10) que a produção física da indústria no Estado deve crescer 4,5% este ano.
No mês de agosto, o incremento na produção capixaba ficou em 7,5% em relação ao mês anterior. “O acumulado da indústria em 2017, até agora, é de crescimento de 3,7%. O número é representativo e esperamos chegar, dando um chute calibrado, ao total de 4,5% até o fim do ano”, afirmou Castro.
As informações são uma injeção de ânimo para a economia local. O Estado sofreu grande impacto com a crise econômica e com a paralização das atividades da Samarco.
Segundo o presidente da Findes, o crescimento registrado em agosto foi puxado pela indústria de alimentos. No Espírito Santo, o setor é ligado principalmente à produção de chocolate.
Para Castro, os investimentos importantes para dinamizar a economia capixaba no futuro terão como foco a inovação. “Os setores futuros que vão desenvolver um novo ciclo econômico devem estar voltados para a inovação e para empresas de base tecnológica”, avalia o presidente da Findes. Ele citou diversas iniciativas voltadas à pesquisa e inovação desenvolvidas pelas universidades locais e por governos municipais e o estadual.
Dados da indústria
A Findes anunciou também que o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies) apresentará três novos relatórios periódicos. “Indústria em Números” é um resumo mensal dos principais índices do setor e o primeiro volume foi divulgado nessa terça-feira (10).
Todo mês também será lançado o “Fato Econômico Capixaba”, com temas importantes para a indústria. As análises mais profundas da conjuntura econômica fica a cargo do “Boletim Econômico Capixaba”, com dados mais abrangentes.
Dos cinco setores pesquisados, quatro tiveram resultados positivos, exceto o segmento de minerais não-metálicos (-1,6%). O mês teve destaque para a produção de minério de ferro, açúcar, carne bovina, e bobina a quente de aço, com acréscimo das indústrias de produtos alimentícios (25,1%), metalurgia (12,1%, extrativa (6,8%) e celulose (0,4%).