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sexta-feira, 26 abril, 2024

“Eventos adversos não são motivo para suspender vacinação”, diz ministro

Segundo Queiroga, autoridade sanitária tem que avaliar os casos “para que faça as notificações devidas”

Por Matheus de Souza (Agência Estado)

Após orientar pela suspensão da imunização contra covid-19 em adolescentes sem comorbidades, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira, 20, que eventos adversos à vacina existem “e não são motivos para se suspender campanha de vacinação ou se relativizar seus benefícios”. A justificativa do ministro para a orientação da Saúde dada na última semana é que a autoridade sanitária tem que avaliar os casos “para que faça as notificações devidas”.

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Na semana passada, o Ministério recuou com o Plano Nacional de Imunização (PNI) e recomendou que fossem vacinados apenas os adolescentes com comorbidades ou privados de liberdade. A Pasta também recomendou apenas que a vacina da Pfizer fosse utilizada para o grupo. A recomendação gerou diversos conflitos com Estados que se preparavam para iniciar a imunização da faixa, segundo o PNI. Muitas unidades da federação tinham se adiantado ao plano e já iniciado a vacinação

O ruído de informação gerado pela orientação da Saúde obrigou o ministro a realizar uma coletiva de imprensa na quinta-feira, 16 Entre os motivos usados por Queiroga para recomendar a suspensão da imunização de adolescentes estava o registro de um efeito adverso grave de uma adolescente de 16 anos que morreu sete dias após a aplicação da vacina da Pfizer. Hoje em entrevista à Folha de S.Paulo o ministro afirmou que a adolescente veio a óbito devido a uma púrpura trombocitopênica trombótica, distúrbio autoimune de consequências graves que leva à formação de coágulos pelo corpo. Segundo o ministro, o relatório, ainda a ser divulgado, não diz que a morte tem relação com a vacina.

Queiroga afirmou que mesmo que o efeito adverso estivesse ligado à vacina, isso não “invalidaria” a imunização do grupo. De acordo com o ministro, o que o governo defende é que adolescentes deveriam “ir depois”, enquanto o País tenta avançar na vacinação das pessoas acima de 18 anos. “Uma questão de prioridade de logística”, disse. O ministro também voltou a criticar Estados e municípios por adiantaram seus calendários de imunização.

Questionado sobre a possibilidade de o presidente incluir em seu discurso de amanhã na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) uma fala referente a oferta de vacinas contra covid-19 à outros países, Queiroga disse que todas as ações que o governo toma são baseadas em “dados técnicos”, e pediu que se acompanhe o discurso do presidente para saber sua agenda com relação à saúde. O ministro acompanha a comitiva presidencial no país.

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