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quarta-feira, 24 abril, 2024

12 erros clássicos em campanha eleitoral

Eleições se aproximando e as dúvidas dos futuros candidatos sobre como agir ainda são muitas.

A campanha eleitoral é uma disputa definida pela quantidade de erros cometidos. Ganha, não aquele que acerta mais. Mas sim, quem tem a capacidade e sensibilidade de errar menos. A partir dessa premissa listamos alguns dos erros mais comuns cometidos por candidatos ou políticos em geral durante a campanha eleitoral:

1. Não trabalhar
Fazer em 45 dias o que teria que ser feito em quatro anos. Boa parte dos candidatos se preocupa por dirigir-se aos cidadãos e dar a conhecer suas propostas somente nas semanas de campanha. Mas, na realidade, um político deve estar em campanha de forma permanente. Antecipar-se é imperativo. Apresentar alguns discursos que marquem a identidade e definam o posicionamento do candidato fora do período eleitoral é importante.

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2. Não ter um gerente ou coordenador de campanha. Todos os candidatos devem ter uma pessoa que tem autoridade e capacidade para liderar uma equipe e ser o cérebro da campanha. Um candidato não pode estar pensando sobre o spot de rádio, a pagamento de funcionário, prestação de contas ou assessoria de imprensa. Nos Estados Unidos, essa função está sempre nas mãos de profissionais. No Brasil, Argentina, Espanha ou Portugal, a nível local, essas funções ficam mais a cargo de pessoas de confiança. Nacionalmente são grandes quadros do partido que ocupam. Mas é verdade que cada vez mais a busca pela profissionalização das campanhas é a tendência mundial.

3. Não ter uma estratégia clara. Todos os candidatos devem ser claros sobre a mensagem que você deseja mover e deve ser capaz de fazê-lo em questão de minutos. Jogando mão da famosa frase “É a economia, estúpido”, James Carville, assessor de Bill Clinton, deixou claro que o que prevaleceu em sua campanha de 1992 foi o econômico sobre qualquer outra questão.

4. Menosprezar o adversário. Seja com um pequeno partido ou um nome inexpressivo, não devemos desprezar qualquer adversário e ter um conhecimento profundo das suas forças e fraquezas. Collor em 1989 estava num pequeno partido, vindo de Estado pouco expressivo da nação e ainda com pouca presença no cenário nacional. Quem apontava Collor como o favorito numa disputa com Lula, Brizola, Ulisses Guimarães e tantos outros importantes quadros nacionais?!

5. Responder a todos os ataques. Um grande erro cometido em boa parte das campanhas e políticos é responder a todos os comentários e críticas que lançam os seus adversários. Em vez disso, o candidato deve assumir a iniciativa, para impor sua agenda, conseguir que se fale dos temas que lhe interessam. É muito fácil cair nas provocações quando discutimos a pauta ou agenda dos adversários.

6. Prometer o impossível. As campanhas são um concurso de promessas. É impossível fazer uma campanha sem prometer e se comprometer. Porém é necessário fazer propostas realistas, palpáveis e que possam ser cumpridas.

7. Descuidar das emoções. A nossa história deve despertar os sentimentos do povo: Atentar para questões de identidade, construir a confiança, segurança. Não existe campanha sem emoção. O voto não é meramente racional.

8. Esquecer a importância da imagem. Um erro muito comum entre muitos candidatos é não dar o cuidado necessário a uma foto de campanha, ou o preparo para uma conferência ou sala de imprensa. Como “uma imagem vale mais que mil palavras” devemos zela pela imagem, e todos os elementos que a compõe.

9. Não propor soluções. As pessoas preferem propostas ao invés de críticas. Se um candidato só aponta o dedo a seu oponente e não propõe soluções para os problemas dos seus cidadãos, terá sérias dificuldades na campanha.

10. Utilizar a internet como uma moda passageira. Não se deve usar a internet para, simplesmente cumprir os “ritos de campanha”. Há um grande número de candidatos que abriram contas no Twitter com foco nas últimas eleições. Porém, quantos ainda estão ativos em suas contas?! E outra coisa importante: Facebook e Twitter são ferramentas para o diálogo com os cidadãos, não para os comunicados de imprensa e eventos de campanha terem mais impacto.

11. Não conhecer as necessidades dos meios de comunicação. As campanhas eleitorais se constroem pensando nos meios de comunicação. Dependendo do impacto que temos na imprensa, televisão ou rádio, a nossa mensagem terá maior ou menor impacto.

12. Não tornar coesa a mensagem entre os porta-vozes. Em campanha a disciplina da mensagem é muito importante. Todos os porta-vozes devem repetir a ideia central. Eles são uma parte importante na divulgação da mensagem, manter a unidade no discurso é essencial para a vitória.

Darlan Campos – República Marketing Político


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