Prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo solicitou junto à cúpula nacional do Podemos a saída da legenda após “questões de foro íntimo”
Por Robson Maia
O prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, do Podemos, solicitou a saída do em que ingressou ainda em 2020 e pelo qual foi eleito por duas vezes prefeito de Vila Velha. A desfiliação acontece em meio a divergências com o presidente da sigla no Espírito Santo, o deputado federal Gilson Daniel.
A saída foi comunicada em carta enviada à presidente nacional da legenda, Renata Abreu. Arnaldinho justifica a decisão por questões pessoais, sem detalhar quais seriam as motivações. Em trecho da carta, assinada na quarta-feira, Arnaldinho informa ainda que “prefere não elencar” as razões.
“Venho, por meio deste, comunicar minha decisão de desligar-me do partido Podemos. Por respeito e gratidão, faço questão de informar-lhe em primeira mão acerca dessa deliberação, que se deu em razão de questões de foro íntimo, as quais, por sua natureza, prefiro não elencar”, diz do documento encaminhado a direção do partido.
A possibilidade de Arnaldinho deixar o Podemos é ventilada desde o último ano, ainda em fase anterior à disputa eleitoral que o garantiu um segundo mandato à frente da Prefeitura de Vila Velha. O gestor municipal chegou a ter o nome ligado ao PSB, do governador Renato Casagrande, com quem Arnaldinho tem relações próximas, porém a mudança não se concretizou.
Confira, na íntegra, a entrevista exclusiva com o prefeito Arnaldinho Borgo:
Nos últimos dias, Arnaldinho teria tentado uma aproximação maior com a cúpula nacional do Podemos, após divergir de diretrizes adotadas pelo partido nos últimos meses – como a recusa de uma secretaria no Governo do Estado. O prefeito ensaiava o movimento junto ao deputado federal e ex-vice-prefeito de Vila Velha, Victor Linhares, seu correligionário, porém sem sucesso.


O destino do chefe do Executivo canela-verde ainda é tratado como incógnita e discutido de forma cautelosa nos bastidores. Contudo, a possibilidade de uma federação entre Progressistas e União Brasil (que tem no Espírito Santo figuras próximas do prefeito, como Euclério Sampaio, prefeito de Cariacica, e Marcelo Santos, presidente da Assembleia Legislativa) torna as siglas alvos prováveis.