O caso ocorreu cerca de um mês depois de o sul-coreano revelar, em evento com torcedores em Seul, ter sofrido racismo durante a adolescência
O Chelsea está investigando uma ofensa racial sofrida pelo atacante sul-coreano Son Heung-min, do Tottenham, durante o empate por 2 a 2 no clássico londrino disputado no último domingo, no Stamford Bridge. Imagens captadas pela transmissão televisiva mostram um torcedor na arquibancada tentando provocar o jogador rival, fazendo um gesto para simular “olhos puxados”, durante a cobrança de um escanteio.
“Caso seja identificado, esse indivíduo irá enfrentar ações duras”, informou o Chelsea em nota oficial. “Temos deixado bastante claro nosso posicionamento de tolerância zero frente a comportamentos discriminatórios, mas ainda há idiotas como esse que se vinculam ao clube dizendo-se torcedores, o que envergonha o Chelsea, nossos treinadores, jogadores, equipe e verdadeiros apoiadores”, concluiu.
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O caso ocorreu cerca de um mês depois de o sul-coreano revelar, em evento com torcedores em Seul, ter sofrido racismo durante a adolescência, época em que morava na Alemanha e jogava pelo Hamburgo. “Eu enfrentei muito racismo. Mas, embora eu tenha passado por momentos muito difíceis, eu tinha muitos pensamentos na minha mente e esperava conseguir minha vingança algum dia”, contou na ocasião.
O atacante conseguiu se vingar ao ajudar a Coreia do Sul a vencer a Alemanha por 2 a 0 na Copa da Rússia, em 2018, resultado que eliminou os alemães ainda na fase de grupos. O segundo gol da partida foi marcado por ele. “Quando pessoas choram, eu tento confortá-las e dar a elas um abraço, mas ver alemães chorarem… fui capaz de me vingar fazendo algo que gosto”, comentou.
Depois da mudança para a Inglaterra, em 2015, quando trocou o Bayer Leverkusen pelo Tottenham, as coisas não mudaram tanto. No ano passado, oito homens suspeitos de cometerem injúrias raciais contra Son nas redes sociais foram detidos pelas autoridades britânicas.
Com informações Agência Estado