Projeto visa diminuir poluição plástica na costa do Espírito Santo
Por Rafael Goulart
De acordo com levantamentos feitos pelo projeto Blue Keepers, cada brasileiro despeja no Oceano Atlântico uma média de 16 quilos de plástico por ano, o que representa um enorme volume desse material que leva séculos para se decompor.
O projeto é ligado à Plataforma de Ação pela Água e Oceano do pacto Global da Onu Brasil, e divulgou os resultados junto com novas imagens da “Grande Mancha de Lixo do Pacífico”.
A “Grande Mancha” é uma ilha de plástico flutuante que tem mais de 1,6 milhão de metros quadrados. Recentemente, pesquisadores descobriram que um novo ecossistema está se formando no lixo acumulado.
Além de grandes pedaços de plástico, o Mundo enfrenta uma emergente ameaça de microplástico.
Estudos recentes, de 2020 e 2022, apontaram a presença de microplástico em placentas de recém-nascidos, leite materno humano, caules de árvores e na corrente sanguínea de animais, inclusive humanos.
Devido a emergência do problema, o tema é o centro das atenções da campanha do Dia do Meio Ambiente organizada pelo PNUMA.
Espírito Santo
Em uma iniciativa inédita no Espírito Santo, a Ambiental Serra, parceira privada da CESAN, assinou um termo de cooperação com o projeto Blue Keepers com a finalidade de mobilizar recursos e realizar ações preventivas e corretivas.
Além de engajar e educar a sociedade no combate à poluição crônica dos oceanos por resíduos sólidos, principalmente o plástico. As atividades em campo acontecem entre os dias 12 a 15 de junho.
“Vamos fazer um estudo dedicado, entender quais são os tipos de resíduos gerados e outras iniciativas para fazer uma boa gestão e manter os oceanos mais limpos”, explica Gabriela Otero, coordenadora do Blue Keepers.
A Ambiental Serra faz a gestão do esgotamento sanitário do município e realiza diversas práticas de prevenção à contaminação do meio ambiente, além de ações de conscientização da população.