Visitar os Estados Unidos sempre foi um sonho para muitas pessoas, e boa parte não mede esforços para concretizar esse desejo.
De acordo com o órgão de promoção turística dos Estados Unidos, o Visit Flórida, em 2015 os brasileiros ocuparam o terceiro lugar em números de visitantes, atrás apenas do Canadá e do Reino Unido.
Mas o amor pela América do Norte concede ao Brasil a medalha de bronze quando o assunto é overstay, a permanência no país além do tempo permitido conforme o visto solicitado.
Muitos brasileiros estão sendo presos em aeroportos dos EUA ou impedidos de entrar. O número mais recente de recusa é de 2014 que aponta que 873 brasileiros foram barrados.
De acordo com o advogado Daniel Toledo, a prisão ocorre porque parte desses turistas preenchem o DS-160 com uma intenção diferente da pretendida.
“Essa conduta é denominada de delito imigratório. Há muitos se colocando nessa armadilha e não fazem ideia do tamanho do problema que esse deslize possa causar”.
As pessoas declaram que irão visitar a Disney, mas ficam além do tempo permitido e não se preocupam com esse detalhe ou com o status do visto solicitado.
Outro quesito que as pessoas mentem é em relação a vistos negados anteriormente, lugares em que ficarão hospedadas, ou uma admissão negada dentro dos EUA.
Esse comportamento afeta toda a comunidade brasileira, porque vai colaborar para um aumento no índice de vistos negados.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, caso o visitante seja barrado, a primeira providência é entrar em contato com o Consulado do Brasil.
A partir daí o órgão passa a ser responsável por garantir um tratamento digno, como alimentação, água e ao uso do banheiro.
O consulado nada poderá fazer para reverter a decisão da negativa de entrada nos países, que são soberanos para decidir se a pessoa entra ou não em seus territórios.
