O resultado veio acima da expectativa média do mercado, que apontava para alta de 0,30%
Por Anderson Neto
O Banco Central informou nesta terça-feira (19) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um “termômetro” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,44% no mês de julho. O resultado veio acima da expectativa média do mercado, que apontava para alta de 0,30%.
O IBC-Br serve de parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira de mês a mês. Mas o cálculo do Banco Central é diferente do IBGE, que divulga o PIB.
O indicador do BC considera estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, mas não verifica o lado da demanda, como o consumo das famílias e do governo, considerados no cálculo do PIB. O setor industrial também avançou em julho, embora ainda abaixo do período pré-pandemia.
Expectativa
Nesta última segunda-feira (18), o Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento para a economia este ano, de 2,5% para 3,2%. A mudança veio após o IBGE divulgar, no início do mês, um crescimento mais forte do que o esperado no segundo trimestre, que subiu 0,9%, contra estimativas do mercado em torno de 0,3%.
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O secretário de Política Econômica da pasta, Guilherme Mello, avaliou que a atividade está sendo impulsionada por fatores como aumento da massa salarial e do rendimento real (acima da inflação) da população. Segundo ele, há perspectiva de uma redução da inadimplência e maior acesso ao mercado de crédito para os próximos meses.
Nesta terça-feira (19), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), também revisou suas projeções de crescimento para o Brasil e o mundo. A organização agora prevê avanço de 3,2% da economia brasileira em 2023, quase o dobro de sua estimativa de junho (1,7%).
Além de “prever” o direcionamento do PIB, o IBC-Br é também referência para a política monetária do Banco Central, na definição da taxa básica de juros. A próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) será nesta quarta-feira (20).