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domingo, 20 DE abril DE 2025

Capixaba Aline Pignaton em nova fase na música

A cantora lança seu novo álbum “Alguma Esperança”. Um disco que reúne todas as condições para ampliar sua atuação no cenário local e abrir portas para o mercado nacional

Aline Pignaton divulga seu novo projeto, o CD “Alguma Esperança”. Ao longo das 10 canções, a natureza e a paz de espírito são valorizadas na combinação de letra e a doce voz de Aline. O evento de lançamento será no dia 17 de julho, a partir das 20 horas, no Teatro Virgínia Tamanini, no Centro Cultural Sesc Glória, no Centro de Vitória (ES). Os ingressos devem ser adquiridos na bilheteria ou com a própria cantora.

Disponível nas plataformas digitais, o álbum expressa a preocupação da cantora com a onda de intolerância no mundo contemporâneo. “Alguma Esperança é um disco que celebra a vida”, ressalta. “Gosto de músicas que trazem mensagens positivas, que falem de amor, esperança, fé e resiliência”, aponta Aline, que considera possível abordar esses valores sem restringir seu público a um segmento.

Trajetória

Desde muito nova, Aline já sabia que queria ser cantora. Aos quatros anos, começou a cantar na igreja, onde frequentava com a família. Com 14 anos, começou a compor as primeiras canções e, aos 15, lançou seu primeiro CD “Usa-me”, com duas composições de sua autoria. O segundo álbum “Sentimentos”, foi lançado dois anos depois, com três músicas próprias e de autores do segmento cristão.

A partir do terceiro CD “O que Realmente Importa”, lançado em 2010, a cantora deu voz às influências da Música Popular Brasileira (MPB), e após um hiato de nove anos, Aline retorna ao mercado com “Alguma Esperança”, seu quarto álbum. Um disco que reúne todas as condições para ampliar sua atuação no cenário local e abrir portas para o mercado nacional.

“Sou uma cantora de Música Popular Brasileira, é o que amo cantar”, diz Aline. Contemporânea e tradicional, popular e reflexiva, dançante e intimista: essas são as várias faces reveladas por Aline Pignaton em “Alguma Esperança”.

Confira a entrevista com Aline Pignaton

Você começou a cantar aos quatro anos. Você tem influências musicais na família?

Eu sou a caçula em uma família de 4 filhos. Quando eu nasci, meus irmãos estavam começando a cantar na igreja que congregávamos. Lembro-me de ensaios de grupos vocais acontecerem na sala de casa. Cresci em um ambiente muito musical apesar de nenhum deles possuírem formação na área.

Você disse que a letra da música importa muito para você. O que você quer transmitir através das suas canções?

Alguém já disse que para conhecer a teologia de uma igreja você deve ouvir as músicas que ela canta. Creio em um Deus que é cheio de graça, de verdade e amor. Canto aquilo que revela de alguma maneira esse Deus. Se falam sobre a nossa relação com Ele, com o outro, conosco mesmos ou com a natureza por Ele criada, se não ferem o caráter desse Deus me sinto livre pra cantar.

Qual é a sua esperança para o mundo de hoje? Você acredita que a intolerância pode ser erradicada?

Creio que esse Deus quer nos habitar. E quando nos habita, nos transforma cada vez mais à sua semelhança, fazendo mais de sua graça e amor serem revelados. Tolerância, amor e reconciliação são possíveis quando Ele reina sobre nós.

Capixaba Aline Pignaton em nova fase na música
“Canto aquilo que revela Deus de alguma maneira”

O que te levou a migrar da música cristã para o MPB?

Não considero que migrei. Prefiro dizer que avancei nas possibilidades rítmicas da música brasileira que é riquíssima e utilizo uma outra linguagem que transmite a mensagem do evangelho para fora das paredes dos templos. Fora do contexto da igreja, as pessoas não apresentam sua música a partir da fé que professam, mas isso inevitavelmente aparece em uma música ou outra.

Em 2012, fui contemplada em um edital de lei de incentivo à cultura do governo do Estado. Passei por seis cidades do Espírito Santo. Em cada uma delas tive a experiência de pessoas me perguntando, após os shows, se sou cristã. Em nenhum momento o show foi divulgado como um show religioso, mas Deus se revelou. Talvez muitos que foram não teriam ido se tivesse sido divulgado desta forma, e perderiam o encontro com o Deus!

Em outras ocasiões, recebi a gratidão de pessoas dizendo que poderiam presentear o meu disco ou ouvir com familiares (não-cristãos), por usar uma linguagem poética e abrangente. Gosto de dizer portanto, que faço música. Minha fé é revelada também através dela.

A música sempre revela aquilo que vai no profundo da alma da gente, além de ser uma forma de comunicar-me com o próprio Deus

Você ficou por nove anos sem lançamentos. A que se dedicou neste período?

Gravei o último disco grávida do meu primeiro filho. Dois anos depois minha segunda filha nascia. Além da dedicação à família, estive envolvida em minha carreira profissional, como fonoaudióloga. A arte esteve sempre aqui e passou a pulsar forte. Entendi que era o momento de resgatar essa parte tão importante em mim.

Você tem um currículo vasto e bem solidificado. A que atribui tantas conquistas na carreira? Você acredita que a música é um dom?

Acredito que Deus distribui talentos e habilidades a todos nós. Não tenho dúvidas que me deu isso! Eles são instrumentos pelos quais posso exercitar meus dons. Acredito também que outras coisas foram fundamentais para mim até aqui. O apoio sempre presente dos meus pais e minha família (Felipe, André e Elis), amigos e pessoas que apoiam o trabalho. Estar cercada de equipe e profissionais talentosos e dedicados, faz toda a diferença também. Ninguém é, sozinho.

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